SIMPLES QUANTO ISTO
SE QUEREM CONHECER
NÃO FUJO À QUESTÃO!
PARTE II
RESPOSTA A INTERPELAÇÕES
E
SATISFAZENDO CURIOSIDADES
(Continuação da PARTE I)
Brasilino Godinho
Como referi na PARTE I, têm sido
instantes as interpelações de vários teores sobre a minha pessoa, formuladas
pelos meus amigos e leitores dispersos por Portugal e pelo estrangeiro, que me
têm sido dirigidas no sentido de lhes dar cabal resposta – o que se me afigura
natural dados os laços estabelecidos com os atentos seguidores das minhas
crónicas.
Porém, concedo que a presente peça
escrita seja um procedimento eventualmente tido por inédito ou mesmo
considerado anormal para os usos e costumes de um país onde, infelizmente, está
consagrada a hipocrisia, o expediente do faz-de-conta e o abandono e repúdio
dos valores e princípios morais e éticos que dignificam o ser humano.
Tenha-se presente que a falsa
modéstia é a pior, cínica, abjecta e máxima imodéstia.
Desde já quero vincar que me estou
nas tintas para qualquer tipo de avaliação negativa desta minha iniciativa.
Do rol de inquirições lançadas
sobre a minha pessoa sobressai a da “intrigante razão” do escritor, doutor (por
algumas pessoas e por extensão académica, designado professor) Brasilino
Godinho não colaborar nos jornais nacionais.
Por tal interrogação ser o temático fulcro da presente peça
escrita, é sobre ela que, principalmente, vai incidir a minha resposta aos
curiosos leitores que a solicitaram.
Reponho a interrogação: Qual a razão de Brasilino Godinho não
escrever para os jornais nacionais?
Passo a responder:
01. Desde logo, por ser POLÍTICO (com todas as letras maiúsculas).
Não confundir com políticos – os quais são típicos ornamentos da PARTIDOCRACIA
que tal mal e desgraçadamente (des)governa Portugal.
02. Nasci e resido na província. Pessoas naturais da
Província são mal vistas em Lisboa. Os “intelectuais” das Avenidas Novas, da
alfacinha capital, consideram que a inteligência em Portugal se concentrou toda
nas suas cabecinhas.
03. Cresci, constitui família, eduquei-me e progredi na vida,
à custa de muitos sacrifícios, acicatado por capacidades próprias, sempre de
cabeça erguida e perseverando no repúdio de facilidades e dúbios expedientes.
Afinal, êxitos reconfortantes; apesar de não ter conseguido
evitar a espoliação de milhares de contos efectuada por um Estado ladrão. Que o
foi, através do cínico expediente dos pagamentos atrasados de largos meses e de
cobranças (sobre facturas não liquidadas) de indecentes impostos lançados sobre
os legítimos rendimentos obtidos com grandes e inúmeras canseiras. Repito:
Estado ladrão que a Brasilino Godinho lhe desgraçou a vida.
04. Exerci actividades de engenharia rodoviária durante
dezenas de anos sem ter habilitação de cursos médio e superior de engenharia
civil; sem jamais necessitar de orientações e pareceres de qualquer engenheiro
– o que me trouxe grandes perseguições e invejas.
05. Sou escritor com seis obras publicadas: dois ensaios,
dois livros de poesia, uma autobiografia e um opúsculo de promoção da
Gramática.
06. Sou há bastantes anos associado n.º 14 493 da SPA –
Sociedade Portuguesa de Autores e sócio efectivo n.º 1 471 da Associação
Portuguesa de Escritores.
07. Em 20 de Outubro de 2008, aos 77 anos, iniciei percurso
universitário concluído a 05 de Julho de 2017 com a obtenção dos graus de
Licenciatura e de Doutoramento; por sinal (imagine-se, o atrevimento! E o escândalo!), com boas classificações – o que
terá incomodado alguma gente influente na sociedade portuguesa.
08. Há largo tempo que estou enfermando da chamada “peste
grisalha” que um deputado beirão do PSD, de fina estirpe pacóvia, propôs que
fosse rapidamente eliminada com a aplicação da austeridade e de todos os
agravos possíveis e imaginados pela sua doentia mente; ela, por sinal, sofrendo
da terrível e destrutiva patologia chamada peste parlamentar.
Precedem oito sucintas anotações
de factores subjectivos que, de algum modo, se constituem propensos ao
desapreço por Brasilino Godinho tido no sector jornalístico da saloia região de
Lisboa.
(Esta peça escrita terá continuidade na PARTE III)
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