Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sábado, agosto 17, 2019


“CÂNTICO” TERCEIRO – TOMO II
CELEBRANDO O INVULGAR E
MUITO EXPRESSIVO ÊXITO DA
NÃO CANDIDATURA A DEPUTADO
DE BRASILINO GODINHO


“CÂNTICOS” BRASILIANOS


“CÂNTICO” TERCEIRO
RETROSPECTIVA DA FORMAÇÃO INTELECTUAL E ACADÉMICA DE BRASILINO GODINHO, TITULAR DA ORA FALHADA CANDIDATURA A CANDIDATO A DEPUTADO DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA 
(17 de Agosto de 2019)


TOMO II
FORMAÇÃO INTELECTUAL
(Continuação do TOMO I)

Dando continuidade às referências sobre os periódicos que, ao compasso do tempo, foram sendo objectos de sucessivas leituras brasilianas, devo registar que elas se constituíram como gratificantes partes componentes da minha formação intelectual e do meu repositório algo enciclopédico.
Prossigo a enumeração.

- Jornais

JN - Jornal de Notícias; O Jornal; Se7e, JL - Jornal de Letras; A Bola, dos tempos da minha juventude e dos fundadores: Cândido de Oliveira, Ribeiro dos Reis e Vicente de Melo; Tal & Qual; Correio dos Açores; Açores; Diário dos Açores; Ilha; Açoriano Oriental; Público; Correio da Manhã; Diário de Aveiro; Libertação; Cidade de Tomar; Litoral; El País (espanhol). Ocasionalmente: Le Monde; O Templário.

- Revistas

Vida Mundial; Século Ilustrado; Flama; Cruzeiro; Selecções Reader’s Digest; Cofre; Ocasionalmente: Life (norte-americana); Esfera (alemã/nazi); Manchete (brasileira).

- Leituras filosóficas
Devo assinalar que tive a sorte de aos doze anos me chegarem às mãos textos de Sócrates, de Platão e de Aristóteles. Fiquei fascinado pela Filosofia. Nos anos seguintes fui lendo peças de Descartes; Renan; Pascal; Espinosa; Kant; Rousseau; Lacordaire, Lamennais, Montalembert, que no jornal L’Avenir, faziam ardorosa promoção da liberdade religiosa, liberdade de expressão, liberdade de ensino e a separação da Igreja do Estado; Comte; Bertrand Russell.
E eis que aos 15 nos fiz uma temerária leitura. Nada mais, nem menos, que a de um volumoso Tratado de Filosofia Tomista, de S. Tomás de Aquino, de mais de quinhentas páginas. Corri o grande risco de ficar cativo da doutrina tomista, dado que, ao tempo, era católico mais ou menos praticante. Valeu-me estar já razoavelmente apetrechado de sentido crítico e de racionalidade exercitada em termos filosóficos – o que, naturalmente, decorreu das leituras dos escritos dos citados filósofos. Aliás, foi pela decorrência da apreensão e compreensão da Filosofia que me afastei definitivamente da Igreja Católica.
Um parêntesis para referir que nessa altura (1946) longe estava de imaginar que também Antero de Quental abandonara a Religião Católica após se ter dedicado aos estudos filosóficos e que 71 anos depois (2017) o insigne poeta açoriano viria a ser tema da minha tese de Doutoramento.
As voltas que o mundo dá; embora no meu caso e pela comum dedicação à Filosofia, se possa admitir ter havido, nessa distante época, indícios premonitórios do encontro espiritual - ocorrido em 2017 - entre as figuras brasiliana e anteriana.
Menciono outro dado interessante da ligação espiritual entre Brasilino Godinho e Antero de Quental tendo como ponto de referência a cidade de Tomar, onde nasci. Os pais de Antero de Quental casaram em Tomar e o filho mais velho André de Quental nasceu e casou na cidade Templária, onde se localizava a Nabância, antiga povoação romana. A família, residente em Tomar, era regularmente visitada por Antero de Quental; nomeadamente, quando a ela acorreu para se despedir dos familiares antes de iniciar a sua primeira deslocação a Paris e nela exercer a profissão de tipógrafo por escassos 4 meses.
Destaco que para o efeito de não absorção da doutrina tomista foi precioso e determinante factor o conhecimento da abrangente concepção filosófica de Bertrand Russell. Por isso, não fiquei “apanhado” ou rendido à brilhante obra de S. Tomás de Aquino, que foi o teólogo mais influente na formulação doutrinária da Igreja Católica e na transposição das ideias e matérias filosóficas de Aristóteles para a matriz teológica/doutrinária do Catolicismo.
Em Tomás de Aquino, filósofo de muito mérito, impressionou-me o domínio que detinha da Escolástica. Reitero que terá sido um grande feito brasiliano o de, apesar de adolescente, ter conseguido manter-se firme na formulação do ideário que vinha operando e sedimentando com o maior empenho de afirmação pessoal e de valorização intelectual.
Consequente com o interesse pela Filosofia, ao longo da sucessão dos anos e conforme a disponibilidade do tempo de lazer, fui lendo a Storia Della Filosofia (História da Filosofia), de Nicola Abbagnano, tradução portuguesa, de 14 volumes, editada pela Editorial Presença, Lda – Lisboa.
No decorrer do percurso universitário, e por naturais exigências curriculares dos cursos de Licenciatura em Línguas, Literaturas e Culturas (Ramo: Português e Espanhol) e Doutoramento em Estudos Culturais, aprofundei conhecimentos sobre Filosofia, especialmente reportados ao período da Pós-Modernidade. O que será explicitado no "Cântico" Quarto referente à minha formação académica.
(Continua no TOMO III)