Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

domingo, julho 22, 2018

155. APONTAMENTO DE
BRASILINO GODINHO

17 de Julho de 2018      
“DESCANSE EM PAZ”…
Não se dê o caso de ir descansar em guerra… O que seria uma grande chatice!
Tais votos de DESCANSE EM PAZ se levianamente interpretados, pretendem ser de tom pesaroso e, nalguns casos, também insinuando-se como manifestação de novo modismo chique. Vai sendo frequente lê-los nos obituários.
Só que outra é a realidade semântica e a racional apreciação crítica que deve prevalecer sobre o pretensiosismo da fala mal concebida e pior expressada.
DESCANSE EM PAZ… UMA OVA!
É que se trata de uma frase sem sentido. Diga-se: Absurda! Irracional! Emparvecida! Disparatada!
Desde logo, na imediata interpretação, é como admitir que o morto tem vivido em guerra e agora noutro estado, por sinal, imaterial vai, finalmente, em diferente modo de ser e de estar – o de morrido - viver(…) em paz.
                                               
Mas, também, uma recomendação sem pés, nem cabeça, relativamente a quem tenha sido um cidadão que viveu em paz e sossego – o que, levada a sério, seria como que chover no molhado – como dizem os brasileiros. E ela, ainda, ser feita com a particularidade de natureza ofensiva para com a memória do finado, na medida que lhe desvaloriza essa sua peculiar faceta.

Por outro lado, seria interessante e de agradecer que, quem assim formula votos de vida eterna em paz, algures em parte incerta, demonstrasse que em tais paragens nunca houve guerras. Aliás, fica a sensação de que nelas é conhecida a existência de um clima guerreiro; uma vez que se está a desejar que o morto descanse em paz - não se dê o caso de, possivelmente, ir descansar em guerra; aqui, neste ponto, implicitamente admitida a bélica objecção, em contraposição ao formulado desejo do descanso em paz.

Moral a extrair: se o morto, desgraçadamente viveu em guerra, terá perdido como ser vivente a verdadeira oportunidade do descanso; a qual lhe é, sem fundamento e com nula objectividade, apontada na hora do seu passamento.