Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

quinta-feira, outubro 12, 2017



CONSIDERAÇÕES VÁRIAS SOBRE UM COMENTÁRIO

Brasilino Godinho

“SOU EUROPEÍSTA E NÃO CONCORDO COM UMA EUROPA DE PEQUENOS ESTADOS. PRECISAMOS DE UMA EUROPA UNIDA AGORA MAIS DO QUE NUNCA POR RAZÕES ÓBVIAS...”
Parafraseando a precedente frase direi que, por óbvias razões, sou por uma Europa onde caibam pequenos, médios e grandes Estados. E onde não se invalide ou impossibilite a Europa Unida. Todos, grandes e pequenos Estados, - absolutamente todos! - têm direito a existência digna e livre de opressões e de arbitrariedades; estas, sempre exercidas pelos mais fortes em relação aos mais fracos.
A união da Europa foi ideia concebida pelo cidadão francês Abade de Saint-Pierre que a expressou em texto designado PROJECTO PARA TORNAR PERPÉTUA A PAZ NA EUROPA, escrito em 1713. O filósofo suíço Jean-Jacques Rousseau, por sua vez, deu-lhe - em 1756 - divulgação através do seu estudo: EXTRACTO E JULGAMENTO DO PROJECTO DE PAZ PERPÉTUA DE ABBÉ DE SAINT-PIERRE. Durante dois séculos a ideia de Abade de Saint-Pierre foi considerada utópica.
No entanto, quando terminaram as duas grandes guerras do século XX, foram criadas, respectivamente, a Sociedade das Nações e a Organização das Nações Unidas (ONU), ambas com recurso de aplicação das ideias de Abade de Saint-Pierre e de Rousseau.
A União Europeia é uma criação do pós-guerra de 1945 inspirada no PROJECTO PARA TORNAR PERPÉTUA A PAZ NA EUROPA, tendo em vista acabar com os conflitos no continente europeu, especialmente entre a Alemanha e a França, e fomentar a união entre os estados europeus e a fraternidade entre os povos da Europa, sem exclusão de nações, ditas pequenas e de média dimensão.
Isto escrito para afirmarmos que a Europa tem de se unir e viver num estável clima de respeito mútuo partilhado pelas nações do velho continente e com activo repúdio por tudo que seja ofensivo do território, da dignidade, da cultura, da língua e das condições económico-financeiras, de cada uma delas.
Tal com sucede com uma família numerosa a União Europeia tem que se configurar como a grande família europeia. Em condições de uma regular vivência em que todos os seus membros desenvolvem diariamente a aprendizagem do convívio, da consideração e do respeito, que se devem uns aos outros; e em que os mais velhos não têm regalias ou tratamentos singulares em detrimento e humilhação dos que são mais pequenos.
E será sobre este prisma de fraternidade, seriedade, justiça, respeitabilidade e compenetração moral e ética, que se alcançará o desígnio de uma Europa Unida.
Se assim não for, os cristãos fervorosos bem poderão ir rezando pela alma do ente colectivo ao qual, em recente data, alcunhámos de Europa Unida.