CAVACO SEMPRE EM PÉ? NÃO!
CAVACO, SIM, SEMPRE VIAJANDO
ACOMPANHADO PELO ESTRANGEIRO
Brasilino Godinho
O
presidente Cavaco Silva, nesta altura do pré-campeonato eleitoral, prossegue
viagens de recreio oficial à Bulgária e à Roménia. Sua excelência Aníbal e sua
esposa D. Maria estão já, antecipando gozo de férias, desfrutando as delícias
de uma estadia, de vários dias, naqueles dois países da Europa central.
A
criatura Cavaco faz lembrar aquelas criancinhas birrentas que quando
contrariadas nas suas diabruras, mais nelas persistem com redobrado ânimo de
prevaricação.
As
suas passeatas ao estrangeiro têm sido muito criticadas.
Sobretudo,
apontam-se-lhes a inutilidade. E são condenáveis por serem dispendiosas e não
compatíveis com o estado de bancarrota do Estado, que ainda permanece latente.
Mais: têm a conotação de obscenas, porquanto representam esbanjamentos
financeiros inadmissíveis num tempo em que há milhões de portuguesas vivendo
amargamente com carência de meios materiais de sustento e, até, de
sobrevivência. Para tanta gente, que está em maus lençóis, não há dinheiro; mas
para dezenas de privilegiados, em digressão turística disfarçada de serviço ao
país, há centenas de milhares de euros.
Estamos
perante um quadro de intolerável desnorte instalado no topo da hierarquia do
Estado.
Afinal,
uma predisposição da cavacal figura para as passeatas turísticas mesmo em quase
fim de mandato; a qual, parece ser manifestada a título de infantilizada vingança
pelas reprovações que, no tocante a este domínio do despesismo supérfluo, lhe
têm sido dirigidas nos últimos tempos.
Dir-se-á que Cavaco pensa: já que tanto barafustam contra as minhas viagens turísticas e dos
meus compinchas, pois vou continuar a fazê-las até que elas me deixem cansado
ou enfastiado…
De facto: tem
sido um fartote!
Impõe-se formular uma pergunta com alguma pertinência: será que a apressada venda obscura da
TAP por 10 milhões de euros tem a finalidade de tapar o buraco do Orçamento causado
pelas enormes despesas com as inúmeras viagens: do presidente, ministros, deputados e respectivas consortes e
assistentes, aos vários países do planeta Terra, efectuadas nos derradeiros 4
anos? (incluindo aquelas viagens dos deputados pela estranja, sem - note-se! - saírem
de Lisboa).
Admite-se que as dezenas de companheiros, amigos e
empresários, que acompanham as duas criaturas que formam o par presidencial da
nossa desestimação, satisfeitos, gozadores e oportunistas aproveitadores da
benevolência que lhes é facultada, tenham o gesto simpático de, no regresso,
agradecer efusivamente ao cidadão Cavaco Silva E, talvez, que lhes ocorra a
ideia de que, há semelhança do costureiro da senhora D. Maria de Silva, ainda
venham a receber de sua excelência, a cavacal figura, uma condecoração de
grande-oficial de uma qualquer Ordem, pelo procedimento cavalheiresco de terem
sido esforçados acompanhantes do grande senhor presidente e da senhora
primeira-dama da república que temos em uso e de pleno abuso… por certa camada
da sociedade portuguesa, adornada com verniz democrático.
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