O drama de Cavaco…
Brasilino
Godinho
A
maioria dos portugueses já se apercebeu que o presidente Cavaco Silva sofre de
apatia aguda.
Sua
excelência mostra-se triste, desalentado e mesmo quando tenta falar ou sorrir
fica sempre mal na fotografia. Os açorianos diriam: um personagem mal-amanhado…
E
por citarmos fotografia, pareceu-nos oportuno apresentar, ao público, o drama
da cavacal figura, representado em 3 fotos muito expressivas do estado de alma
de tão ilustre participante do nosso folclore político.
Se
bem nos situarmos no âmago do grave problema cavacal chegaremos à conclusão de
que tudo terá começado quando a excelência, venerando chefe do Estado, se
pronunciou sobre a sua diminuta reforma que, ao que supomos, nem chega para
pagar o mísero cabaz de compras de géneros alimentícios para o seu sustento e
da sofrida família, naturalmente sobrevivendo a seu complicado encargo.
A
fotografia que se segue ilustra o sofrimento do cidadão Cavaco Siva. Ele
apresenta-se de semblante triste e com os mortiços olhos fixados no vazio
situado logo ali a seus pés; qual abismo em que estará prestes a cair sem que o
Deus da sua devoção lhe acuda em transe tão doloroso.
Também,
se nos ativermos à declaração que o ladeia na imagem, Cavaco dá a ideia de que
está imerso, perdido ou baralhado na confusão dos seus pensamentos.
A
fotografia seguinte mostra Cavaco Silva talvez sofrendo de dor de dentes, mas
que não o terá impedido de sonhar…
E
parece que, nas penosas madrugadas, maus sonhos vai tendo Cavaco Silva…
Veja-se
a terceira foto em que Cavaco Silva, sempre atormentado, neste malfadado tempo
de crises, de austeridades e de vacas esfomeadas, surge na sonhada figuração de
mendigo com a mão estendida à caridade dos passantes.
Para
mais dramatizar a situação, notam-se os olhos cerrados que nos dão a pesarosa
impressão de que Cavaco está ceguinho.
Pormenores
interessantes: a circunstância de Cavaco, não estar barbudo, mostrar-se
impecavelmente penteado, vestir um pijama em bom estado de conservação e calçar
umas pantufas que não têm as solas rotas – o que, diga-se, são particularidades
que destoam da insinuada pobreza franciscana…
Por
outro lado, está bem conseguida a alegoria do pau/bengala, tratando-se de um
cavaco…
Pelos
vistos, até nos sonhos Cavaco Silva está atento às conveniências da imagem
pessoal e à salvaguarda das aparências que julga dever cultivar com todos os
requintes do oportunismo…
E
da malvadez – como, provavelmente, dirão as más-línguas que não vão à bola com o
cavacal patriarca e com os tiques do cavaquismo…
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