Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

terça-feira, setembro 11, 2007

“Marcelices”…

Do Prof. Seixa *

*Às vezes, designado Prof. Sousa.

Para quem não saiba, informamos que “seixa” é uma espécie muito apreciada de pombo bravo, esquivo, também chamada “sousa”, que não dispensa a conhecida variedade de fruta manga, vulgo “rebelo”.

Trata-se de um pombo traquinas de aspecto simpático que, todos os domingos, à noite, num programa televisivo, arrulha com desenvoltura e trejeitos que fazem as delícias da interlocutora.

Brasilino Godinho

brasilino.godinho@gmail.com

http://quintalusitana.blogspot.com

Esta semana as pérolas trazidas à montra designada por “BLOGUE” do professor Seixa, constante no semanário do arquitecto Saraiva, constituem-se como mais uma colecção equívoca e descaracterizadora da cultura portuguesa. A qual, é prosseguida intramuros da capital do reino da bicharada em que está convertido o país de Lisboa que vulgarmente se confunde com o território dito Portugal – a chamada paisagem circundante, além fronteiras da região saloia, onde se fixou a inteligência nacional; se bem atentamos no que pensam e expressam os que se consideram os verdadeiros senhores do Pensamento e os donos privilegiados da Cultura. Esta, de facto, concebida, moldada e decorrente ao sabor do arbítrio de meia-dúzia de figurões, mui conscientes dos seus bons costumes Alguns, com o tremendo senão de, para além de obscuros e incoerentes, se comportarem sem educação e demonstrando mau carácter.

Mas, fixemo-nos na montra do Prof. Seixa. Destacamos as partes mais elucidativas da contribuição do professor para a evolução cultural dos leitores do semanário de Saraiva. Porventura, assim entendida e melhor apresentada, em sintonia com os ditames da casaEnquanto nós consideramos ela conter uma profunda carga negativa.

“AMUADA Maria José Nogueira Pinto amuada com o meu elogio por não ter aceite a Baixa do Chiado. Amuada com o elogio?”.

Observamos:

Veja-se a importância de um amuo. Os leitores ansiavam por esta informação?

Depois, não colhe o elogio; nem o amuo.

Porquê? – A Maria José Nogueira Pinto não tinha alternativa face à rasteira que lhe estariam a pregar. Onde está a novidade e o espanto dela não aceitar a oferta do Chiado? Quem tinha autoridade para lhe oferecer um dos espaços mais nobres de Lisboa? Safa!

Francamente! Nem parece de um mestre de DireitoSem mais comentários

“LEIRIA Impecável o jogo do União em Israel Sorte e mérito em mistura virtuosa!”.

Comentamos: Virtuosa “notinha” que enriqueceu a impecável montra de todas as virtuosas misturas nela inclusas

“SPORTING Tem o grupo mais difícil, na liga europeia.” (Quem diria: o Sporting tem a equipa mais difícil na liga europeia? Ou o professor queria dizer que o Sporting está no grupo mais difícil?). “O F C Porto deve passar sem problemas. O Benfica já tem que se lhe diga. O Sporting vai sofrer. E muito...”.

Anotamos: A notícia, sendo importante, realça o dom de oráculo do autor.

Estranhamos: O que terá o Benfica para se lhe dizer?

Recomendamos: O Sporting, uma vez que está avisado pelo professor, cuide-se! Não esqueça de se acompanhar do corpo clínico, dos meios auxiliares de diagnóstico e dos profilácticos

Lembramos: Não é só o Sporting que sofre. Também os leitores do semanário sofrem ao ler estas “notinhas”.

“BAPTISMO Da minha terceira neta, Maria Madalena. Só família e cinco casais muito amigos do meu filho e nora. Celebrante Feitor Pinto que já casou compadres e pais da baptizada, e baptizou Francisco e Maria Teresa. Grande momento familiar!

Concordamos e vamos mais longe: Grandes momentos nacionais. O do baptismo da neta do professor e o da composição da nota informativa. Glória para o semanário do arquitecto Saraiva e da Opus Dei que faz o registo de tão transcendente acontecimento de relevância nacional.

Assim se vai compondo a história da pátria portuguesa

O que seria Portugal sem esta família?

“AVANTE! Problema familiar: a minha filha Sofia só pode ir domingo, eu apenas estou livre para o efeito no sábado. Dois convites para a Festa (este ano com estacionamento!) poderão ficar sem uso. Que desperdício!

Lamentamos: Que grande problema! Como nós, muitos leitores, após a leitura desta noticiazinha, terão entrado em depressão

“GENIAL O feito da nossa Selecção de basquetebol na sua estreia numa fase final do Campeonato da Europa, em Sevilha.”.

Acrescentamos: Também genial a ideia da menção na “montra”

RECORDAÇÃO Nestes tempos de evocação de Diana, recordo-me agora que a vi de perto em Paris, em Junho. À porta do hotel Ritz.

Admitimos: A recordação que faltava no quadro de honra onde se listam os factos políticos criados pelo professor Sousa.

Citações destas, restritas ao semanário da Opus Dei, fazem-nos crer na modéstia do professor. Ele, que poderia providenciar a sua publicação no The Torygraph, aliás, The Daily Telegraph, órgão conservador, certamente da sua predilecção. Da mais elementar justiça e conveniência nacional portuguesa que o povo do Reino Unido tivesse conhecimento desta memorável evocação de Diana, da inspirada autoria do Prof. Sousa

Outrossim, quedamo-nos na expectativa de Saraiva não perder a oportunidade de assinalar esta “pérola” nos anais da 2ª. fase do semanário que dirige e de nos brindar com uma crónica de apreciação subjectiva, de análise profunda e de elogio entusiástico, da extraordinária pecinha. Reconheça-se: Sublime “RECORDAÇÃO”

Conclusão: Desta maneira professoral a “montra” do BLOGUE, do semanário de Saraiva, induz os indígenas ao culto do absurdo, ao contágio do disparate, à exaltação da futilidade, à prevalência da conversa da treta e à aceitação da idiotice.

Tudo se conjuga para que regredindo no tempo e na substância, a breve prazo, seja alcançada e distribuída uma primitiva cultura; a qual, será prosseguida através da lavoura abrangente de nabos e nabiças “de aviário” (como diria um qualquer chico-esperto da região saloia de Lisboa) a que se dedica a sociedade agrícola Professor e Arquitecto, Lª., acolhida à protecção da famosa prelatura de Josemaria Escrivá de Balaguer y Albás