O QUE FALTA NA GLORIFICAÇÃO

DE

CRISTIANO RONALDO

Brasilino Godinho

11/05/2022

 

Cristiano Ronaldo é um cidadão português, nascido na cidade do Funchal, que desde menino se dedicou à prática do jogo de futebol. Tornou-se profissional em Lisboa e atingiu elevada craveira na arte futebolística que tem evidenciado em vários países. Atraiu sobre si muitíssimas atenções de inúmeras multidões dispersas pelo mundo.

Actualmente com 37 anos de idade continua praticando em alto nível a profissão de que bastante se orgulha.

Nesta altura da sua vida já conta, inclusos no elevado patamar da sua glória, bastantes prémios galardoando os seus êxitos desportivos, foi condecorado pelo Presidente da República, tem sua figura perpetuada em estátua de avenida na cidade do Funchal, um museu com seus troféus na mesma cidade e a designação do seu nome no Aeroporto do Funchal. Constituiu família, é progenitor de uma prole.

Por enquanto, ainda não escreveu livro, nem há conhecimento de que tenha plantado árvore. Daí parecer que não completou a plena realização do homem, compaginada na obrigação de fazer filho, escrever livro e plantar árvore. Daí haver cabimento de se supor que Cristiano Ronaldo está a meio caminho da plenitude de homem inteiramente realizado – o que dependerá dele próprio.

Porém, em contraposição, uma coisa lhe falta e que agora não depende dele: o doutoramento honoris causa.

Se tivermos presente que houve actores e artistas de diversos artifícios mais ou menos mundanos que se limitaram a exercer a profissão e a quem foi concedido esse elevado grau universitário e que o treinador de futebol, José Mourinho, há anos, foi contemplado com tal distinção honorífica, é mais que tempo de Cristiano Ronaldo, rico detentor da elevada condição e brilhante qualidade de uma vida muito preenchida de sucessos futebolísticos, ser distinguido com o grau de doutor honoris causa por uma universidade portuguesa.

De facto o que falta a Cristiano Ronaldo é ser doutor honoris causa; talvez predestinado a ser poliglota mestre-professor na Academia do Sporting e professor catedrático de disciplina desporto/futebolística numa universidade lisboeta.

Pois então haja universidade portuguesa que se compenetre dessa conveniência social e tome a iniciativa que lhe corresponda.

A Bem da Pátria que, orgulhosa, sempre revê as invulgares, multifacetadas, exemplares, vidas dos seus melhores cidadãos!