Leitor,
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SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

terça-feira, abril 26, 2022

 

A NECESSÁRIA COMEMORAÇÃO REVIVALISTA

Brasilino Godinho

25 de Abril de 2022

 

No dia 24 de Abril de 1974 Portugal estava sitiado num Estado de índole fascista moldado segundo a matriz de Benito Mussolini com algumas particularidades funcionais introduzidas por António de Oliveira Salazar.

Dizia-se e ainda hoje se mantém a crença de que não havia liberdade. Tal impressão não corresponde à realidade. Ela existiu, como é facto em todos os regimes autoritários. Por ser específica desses regimes; embora de formulação especial, demasiado selectiva. Ou seja: só acessível aos apaniguados e serventuários dos ditadores. Eles dispões de todas as liberdades de que fazem uso e abuso para cometerem os maiores desmandos, ilegalidades, perseguições e agressões aos seus concidadãos que se conservam desalinhados com o sistema de governo autoritário; seja ele: comunista, fascista ou nazista. Enquanto as impedem à generalidade dos cidadãos.

Na madrugada de 25 de Abril de 1974 desencadeou-se a Revolução do Movimento das Forças Armadas que ficou designada por Revolução dos Cravos. O povo acreditou que estava despontando uma nova era de verdadeira liberdade para uma maioria de portugueses que dela estavam carecidos e que se abria um horizonte de prosperidade e de desenvolvimento do país.

Mais se julgou que o fascismo português tinha sido erradicado de Portugal.

Na actualidade damo-nos conta de que se viveram tempos de ilusão.

Pois que o fascismo reciclado está aí configurado na Partidocracia vigente, nas amplas liberdades de que usufruem políticos e Donos Disto Tudo corruptos; na sua maioria: oportunistas sem escrúpulos, incompetentes e agressivos, que não zelam o bem-comum e não prosseguem intentos de assegurarem melhores condições de vida aos milhões de portugueses maltratados, explorados e ofendidos, persistentemente feridos na sua dignidade.

Ao compasso do tempo o fascismo reciclado foi-se consolidando de tal jeito e com tamanha abrangência que se pode fazer registo de que a Revolução dos Cravos foi uma Revolução traída e usurpada por um conjunto de operacionais da reles política; os quais foram emergindo no seio da sociedade como cogumelos nas terras transmontanas e minhotas.

Agora e aí, temos vigente um regime de infame desvirtuamento da Democracia, de prevalência da censura, de fingida liberdade, de negação de Estado de Direito, de esbanjamento dos recursos do Erário, de empobrecimento geral, de indignidade a todos os níveis do desacreditado sistema governamental, de desprezo e aviltamento da Língua Portuguesa e de primária orientação que aprofunda a degradação constante das precárias condições de vida de milhões de pessoas dispersas pelo território nacional.

Está assim delineado o negro quadro da dramática vivência da sociedade portuguesa.

Ele é inerente e de tradução emblemática de retinto regime fascista. O do tempo de Oliveira Salazar e na actualidade reciclado e travestido de Partidocracia.

Registando: a celebração festiva da data do 25 de Abril de 1974, no presente não assinala glorioso desfecho da acção do MFA e razoável continuidade de um estado de bem-estar da população e de desenvolvimento de Portugal, que tenham aprofundado e ampliado alguns poucos bons resultados decorridos da revolução abrilina.

No tempo presente às comemorações do 25 de Abril de 1974, está-se-lhes dando a caracterização folclórica e a hipócrita configuração de estarmos usufruindo as amplas liberdades e o bem-estar de que todos seríamos beneficiários, por suposta decorrência da Revolução dos Cravos. O que é uma indecente falácia. E intolerável demonstração de hipocrisia e de cinismo.

Sintetizando: tal suposta virtualidade ambicionada e antevista no dia 25 de Abril de 1974 não se verificou à cadência das décadas que se contam até hoje.

 

Finalmente: tenham os portugueses consciência de que a comemoração do 25 de Abril de 1974 só terá sentido objectivo, valor simbólico e alcance auspicioso, se expressando o carácter revivalista da acção revolucionária; ela, a projectar-se (e impor-se) no porvir de Portugal.