Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

domingo, abril 24, 2022

 

ENTREVISTA DE BRASILINO GODINHO

Concedida à Revista ENVELHECER

 

Que objectivos visa atingir com as suas lúcidas e, não raras vezes, polémicas reflexões críticas?

Na qualidade de cidadão português que desde a adolescência se mantém atento ao decurso da sociedade portuguesa tenho acompanhado com muita apreensão a tendência crescente apontada para o declínio do país; o agravamento das condições de vida do povo; o generalizado abandalhamento da sociedade portuguesa; o contínuo incumprimento das normas, valores e princípios morais e éticos que dão harmonia e consistência ao colectivo dos cidadãos; um todo de perniciosos e deletérios efeitos que releva de total desprezo pelos deveres de cidadania e de sentido de justiça e, sobremodo, é decorrente do estado de iliteracia funcional e cultural, da falta de Educação e de falhas no Ensino, que muito afectam a maioria dos portugueses e, ainda, da nefasta adulteração da Política que deveria ser tida como nobre arte ou ciência de bem governar/administrar a Nação.

Daí, que me mantenha apreensivo e propenso à reflexão e disposto a expola ao público, dando assim modesto contributo de exercício de um singular magistério didáctico que facilite e incentive os portugueses a serem observadores atentos da quotidiana vivência da sociedade, a estarem aptos a desenvolver aptidões de crítica e habilitados a assumir posturas de rigorosa exigência na avaliação que imperiosamente devem fazer em consonância com o evoluir das situações e actividades sociopolíticas.

Portanto, o meu objectivo visa a criação de condições e instrumentos de formação de uma esclarecida e operativa mentalidade na grei portuguesa que possibilite um novo e brilhante rumo de regeneração da Pátria.

Durante a apresentação da obra “APONTAMENTOS BRASILIANOS”, referiu que não gosta das Universidades Seniores. Quer explicar o que motiva esta aversão?  

Na resposta a esta questão quero frisar que não tem cabimento o conceito de Brasilino Godinho gostar ou não das ditas “universidades seniores”. No entanto, devo observar: que expressão repugnante para quem é dotado da faculdade de sentir.

Outros relevantes aspectos há a considerar. Desde logo, é de rejeitar liminarmente a abusiva designação de “universidade sénior”, embora ela corresponda à predominância na sociedade portuguesa dos seguintes factores deletérios: falsidades várias multifacetadas e dispersas por bastantes, diversos, sectores da sociedade; fingimentos de sentimentos, de acatamento de princípios, de existência de ideias importantes, de formulação de opiniões e ideias válidas apontadas ao revigoramento da Nação, de posses de bens materiais, culturais, aptidões e de títulos académicos. Ou seja: um país que está mergulhado num pântano de degradação e sobre ele, bem visível e pernicioso o manto terrível da hipocrisia associada ao cinismo.

Depois, há que ter presente que a designação de universidade sénior é totalmente descabida e censurável sob o ponto de vista sociológico. Mais afirmo: trata-se de um grosseiro erro de natureza semântica e releva um bacoco pretensiosismo e uma intolerável impostura que repugna as mentes mais esclarecidas que muito zelam o bom uso da Língua Portuguesa e o sentido realista em que deve assentar a seriedade e a justeza das funcionalidades e atribuições das instituições, sejam elas das mais díspares naturezas.

De modo que, nesta absurda e repelente questão, há que atentar num dado inquestionável e determinante: Universidade é uma instituição de ensino superior, científico, dedicada à investigação e que confere graus académicos de elevado conhecimento nas áreas das Ciências e das Humanidades. Tem a valiosa atribuição de proporcionar formação superior das novas elites; às quais caberá a obrigação de contribuírem para melhor orientar e desenvolver a Nação nos diversificados domínios que a integram e lhe dão consistência e operacionalidade.

Outrossim de anotar é que tais aberrantes “universidades seniores” deveriam ter outras designações mais apropriadas e objectivas. Por exemplo: Associação Cultural e Recreativa, Sociedade Cultural e Recreativa, Clube Instrutivo e Recreativo, Centro de Animação Cultural e Recreativa, Cooperativa Cultural e Recreativa, Colégio Sénior de Cultura e de Recreio.

Elas, designações mais objectivas, condizentes com a funcionalidade que desenvolvem e relevando seriedade e decência, aplicadas em alternativa às fantasiosas “universidades seniores” - quais designações contrárias à razão - foram postas de lado por não satisfazerem o pretensiosismo de os seus “alunos” e professores se darem ares de académicos e de superior grandeza universitária para inglês ver e saloio deslumbrar.

Dito de outra maneira: tais como os licenciados arrelvados e socráticos também eles querem fingir ser, aquilo que de facto não são. Melhor explicitando: uma impostura de todo o tamanho, consagrando a hipocrisia generalizada por tudo que é sitio nacional e actividade portuguesa.

Face a este triste e deplorável quadro que afecta o prestígio da Universidade de Portugal lamento profundamente que os altos dirigentes do Ensino Superior não tenham tomado firme posição de repúdio contra a existência das tais “universidades seniores”.

Dos governos não haveria, nem há, que esperar reacção visto que se encontram comprometidos e coniventes com as “universidades de verão” e algumas “universidades seniores”; pois que isso lhes parece favorável à manutenção de um statu quo de manipulação das gentes portugueses.

Observo que o exposto não traduz opinião de circunstância devida às minhas habilitações universitárias (Licenciatura e Doutoramento) alcançadas numa idade octogenária (de 77 a 85 anos). Há dezenas de anos, desde que surgiu a primeira - chamada “universidade sénior” - que venho, por escrito, rejeitando tal despautério, como outros são: nomeadamente, as “universidades de verão” expressamente destinadas às “jotas” (juventudes) partidárias e outras classificadas na gíria popular de “universidades de vão de escada”.

Nesta lógica da patetice e vaidade atrevida e sem nexo factual é provável que qualquer dia tenhamos as universidades de inverno, da primavera, do outono e as universidades infantis… Pois que tudo de idiotia é possível neste país. Nada de admirar no reino da bicharada - que parece acomodado no terceiro mundo - em que está convertido Portugal.

O senhor protagonizou um caso inédito em Portugal: “um caloiro universitário, com 77 anos de idade, licenciado aos 81 anos e doutorado aos 85 anos.” Quais foram as suas principais motivações para encetar este percurso tão desafiante e exitoso?

Anoto que, segundo já foi escrito nos jornais e revistas, o ineditismo não se circunscreve a Portugal. Mas também tem sido assinalado no Mundo. Atendendo à idade em que fui caloiro, aos 8 anos do percurso universitário e à obtenção dos dois graus: Acesso à Universidade (17 valores), Licenciatura em Línguas, Literaturas e Culturas (15 valores) Diploma de Estudos Avançados em Estudos Culturais (16 valores) e Doutoramento em Estudos Culturais (por decisão unânime do Júri Doutoral. O que hei conseguido com boas classificações, sem recurso a equivalências e com frequência assídua das aulas e prestação de todas as provas das disciplinas dos currículos académicos.

A decisão de ingresso na Universidade foi tomada na adolescência, após ter terminado o Curso Industrial de Serralharia Mecânica com a classificação de 13 valores, na Escola Industrial e Comercial Jácome Ratton, sediada em Tomar. Era um curso que detestava e para o qual não tinha vocação. A classificação de 13 valores é reflexa dessa inaptidão. Só que por dificuldades financeiras dos meus pais a carreira universitária ficou adiada por 61 anos. Ao longo desse interregno outras prioridades se foram impondo na vida familiar e protelando o intento de ingresso no Ensino Superior.

Para além de cumprir o propósito que me impusera com fervor e determinação em cena invulgar ocorrida em 1947, junto à Charolinha, sita na Mata dos Sete Montes, cerca do Convento de Cristo, em Tomar, que relato no livro VIDA UNIVERSITÁRIA DE BRASILINO GODINHO, também se acrescentou o desejo de valorização pessoal e o intento de ficar mais habilitado para melhor ir servindo a nação portuguesa.

Que conselhos dá a quem queira envelhecer bem e fazer corresponder à esperança de vida a qualidade de vida?

Direi que a principal condição de envelhecer bem é o idoso ter forte vontade de prosseguir esse objectivo e de se estimar a si mesmo. Levando uma vida calma, sem invejar o próximo e o hostilizar com rancor e intolerância descomedida. Também não ser fanático político, racial ou religioso. O que em conjugação harmoniosa é condição básica de equilíbrio da mente propícia a manter uma existência de relativa felicidade. Este estado de alma só atingível se desfrutar de suficientes meios materiais que lhe assegurem o sustento, o abrigo residencial e os imprescindíveis cuidados de saúde.

Recomendaria que se mantivesse activo: fisicamente e intelectualmente. E que fizesse exercícios físicos suaves, como subir escadas e andar todos os dias. Dedicasse tempo diário às leituras de jornais e livros. Enfim, mantivesse a mente sempre ocupada com ideias e intenções úteis, sempre desligada de pensamentos obsessivos. Distrair-se persistentemente. E nunca desistir dos seus anseios e objectivos de vida. Tudo na vida se quer como o sal usado na comida: nem de mais, nem de menos, na adequada medida. E recorrendo à indispensável e conveniente prudência. Nada de excessos de qualquer natureza. E outrossim ter cuidados com a alimentação e as bebidas que ingere diariamente. Também efectuar regulares consultas médicas e análises clínicas.

É fundamental a pessoa conhecer-se a si própria e ter plena consciência das suas potencialidades e das suas limitações e agir em consonância com umas e outras. Nestas expressas recomendações limito-me a transmitir referência aos procedimentos que, de moto próprio, tenho mantido ao longo dos meus noventa anos de vida.

Manuel de Almeida, da Lusa, assina um artigo intitulado “Ministro da Segurança Social vai defender na ONU o potencial dos idosos”. Este título só pode ser uma brincadeira, como afirma num dos seus Apontamentos? Pode explicar-nos porque não acredita de tal defesa?

A pergunta julgo que obriga a algumas correcções. A primeira tem a ver com o tempo verbal “assina”. Diria que o jornalista da Lusa assinou in illo tempore o artigo focando a ida do Ministro Vieira da Silva à ONU, logo escassas semanas depois do encontro internacional de 22 de Setembro de 2017, realizado em Lisboa, sob a égide da ONU, com participação de ministros oriundos de 52 países. Actualmente o cargo ministerial já não é ocupado por Vieira da Silva.

Quanto à defesa do potencial dos idosos, outras pessoas, delegadas à conferência, a efectuaram com eficiência tal que teve consagração na Declaração Universal dos Direitos dos Idosos. O Ministro Vieira da Silva aproveitou a onda; fez breves declarações de circunstância, para não ficar mal na fotografia.

Passo ao lado da “brincadeira” porque o assunto é mui importante e não se compadece com gracejos. Porém, aponto que de imediato comentei desfavoravelmente a ida da ministerial criatura à ONU, pois que a defesa dos idosos já tinha tido lugar e aprovação expressa na assinada Declaração Universal. Foi uma viagem desprovida de interesse para a causa dos idosos e improdutiva como logo escrevi em crónica sobre o caso.

Cingindo-me ao “potencial de tal defesa” digo que foi apurado e incluso na referida Declaração Universal. Mas isso é uma coisa de apreciar como reconhecimento universal dos direitos dos idosos e das potencialidades que lhes são adstritas; e outra coisa condenável é o desprezo que o nosso governo manifesta persistentemente para com eles, desperdiçando a enorme riqueza da massa cinzenta de milhares de idosos com direito a continuar a ter digna vida activa e a servirem devotadamente Portugal – o que sendo muito negativo é levado, acintosamente, à prática pelos altos dignitários do Poder em Portugal, num decurso de incumprimento das normas e objectivos delineados na Declaração Universal de Lisboa.

Em Portugal, os governantes desprezam as pessoas idosas? Será esta a explicação para a inexistência de uma estratégia para o Envelhecimento Ativo e Saudável?

É relativamente fácil a uma pessoa dotada de faculdades de alma aperceber-se de que os idosos estão marginalizados na sociedade portuguesa - e desprezados pelos poderes central e autárquicos e por alguns sectores da sociedade. Neste quadro de desregulação social avulta a elucidativa circunstância de na Assembleia da República não haver um único deputado idoso a representar o que no próprio Palácio de S. Bento já foi apelidado de “peste grisalha”.

Repare-se na carga pejorativa contida na expressão e no facto de que, no plenário, nem uma voz se ergueu a protestar contra tal ofensa à dignidade de milhares pessoas respeitáveis deste país. Esta observação demonstra quanto são desprezados tantos milhares de portugueses a quem nem são asseguradas condições de vida digna e que, no caso de reformados da função pública, todos os anos se contemplam com reduções dos valores monetários das suas pensões miseráveis de mui triste sobrevivência; mesmo quando “obsequiados” com ridículos, infames, aumentos mensais; os quais logo são desvalorizados com os agravamentos de impostos directos e indirectos e aumentos dos custos dos bens alimentares, combustíveis, vestuário, calçado, medicamentos, consultas médicas, transportes, rendas de casa, água, gás, telefone, electricidade, etc..

Ou seja: o governo dá indecente “esmola” com a mão direita e, de imediato usando ardilosos expedientes, com a esquerda retira sorrateiramente algo mais. Deste modo enganador e desonesto ele, sistematicamente, vai empobrecendo as populações e agravando as precárias condições de vida da maioria dos aposentados e trabalhadores portugueses.

Uma escandalosa e até mortífera política que atinge principalmente as pessoas da terceira idade, que sem meios materiais para sobreviverem com decência são a breve ou médio prazos encaminhadas para a última morada. Agora encaminhamento mais facilitado pelos efeitos mortíferos da Pandemia Covid-19, de que nunca saberemos o exacto número de vítimas.

E de tal calamidade promovida pelos governantes não se elaboram estatísticas, visto que lhes interessa ocultá-la o mais possível e nesse propósito há que escamotear com fingimentos vários a dramática realidade.

Logo conexa com esta política de concretizar o desejado extermínio da “peste grisalha” e por ainda não haver maneira de acabar com a “peste parlamentar”, por mim já várias vezes denunciada, aí temos operando aqueloutra política governamental de prosseguir a “inexistência de uma estratégia para o Envelhecimento Ativo e Saudável” – o que sucede com nítida violação da Declaração Universal dos Direitos dos Idosos.

Nessa faceta negativa da sua actividade é o governo coerente. Assim apresento a explicação que me é solicitada na segunda pergunta antecedente.

O idadismo, preconceito baseado na idade, é a 3.ª forma de discriminação depois do racismo e sexismo. Um claro exemplo de idadismo foi o despedimento do jornalista Henrique Garcia da TVI. No seu livro aponta o dedo ao Sindicato dos Jornalistas e ao ministro dos “Despedimentos dos Idosos”. Quer comentar este caso?

A discriminação dos idosos como qualquer outra relacionada com o racismo e sexismo, é sempre condenável e não devia acontecer numa sociedade regularmente estruturada, em que se respeitassem os direitos cívicos, se cumprissem os normativos da Declaração Universal dos Direitos do Homem e a Declaração Universal dos Direitos dos Idosos e na qual também prevalecessem os valores da Fraternidade, Liberdade e Igualdade.

Só que tudo isso pressupõe a existência de um Estado de Direito – o qual não tem formatação sociopolítica em Portugal.

O Estado de Portugal tem configuração maçónica – o que tem implicações várias e consequências bastante nocivas no descalabro funcional da Nação. Ele, também um Estado paradigma de hipocrisia institucionalizada a todos os níveis da governação e da sociedade.

Por outro prisma de análise crítica há que admitir que tais circunstâncias decorrem da degradação geral do País a que se chegou por a maioria da população se manter há séculos num estádio de analfabetismo crónico nos três graus: primário, funcional e cultural.

Um estádio de menoridade cívica que muito facilita o predomínio de agentes políticos empenhados em o manter indefinidamente e até o aprofundar, para mais intensamente explorarem e dominarem, sem resistência activa, a nação dos milhões de indígenas humilhados, ofendidos, maltratados, em transe existencial, precedendo o encaminhamento para os cemitérios.

Daí que sob o impulso de um clima vicioso de políticas desconformes e de corriqueiras práticas condenáveis, o idadismo sendo atitude preconceituosa e discriminatória com base na idade, atingindo sobretudo os idosos, se manifeste a todo o instante nos vários sectores da Nação e per se constitua um reflexo de grande atraso civilizacional.

O caso de Henrique Garcia, não sendo invulgar, tornou-se emblemático por ser figura pública e ter tido bastante divulgação nos órgãos da Comunicação Social. Julgo que o Sindicato dos Jornalistas deveria ter tomado vigorosa posição de repulsa pelo despedimento do jornalista da TVI com fundamento no factor idade (completar 70 anos).

 Claro que a ocorrência de tal caso transmite ilustração, pertinência e objectividade às considerações que expusemos nos antecedentes parágrafos.

Para que tem servido, na prática, a Declaração Universal de Lisboa, de 22 de Setembro de 2017, dos Direitos dos Idosos? Sem necessidade de me alongar na resposta e por carência de matéria factual, afirmo: Em Portugal, para muitíssimo pouco; de ocasional e parcelar, sobremodo restrito.

O que falta fazer para que vivamos numa comunidade para todas as idades? Faltam imensas coisas! Em primeiro lugar: EDUCAR os cidadãos. Uma imperativa tarefa a desenvolver nas duas próximas gerações. Em segundo lugar: Recorrendo a um ENSINO de excelência e com recurso à EDUCAÇÃO, entretanto ministrada a milhares de cidadãos; criar um genuíno ESTADO DE DIREITO em Portugal.

A aprendizagem ao longo da vida é um pilar fundamental para uma longevidade feliz? Digo: sem dívida que “é pilar fundamental para uma longevidade feliz.”. Outrossim, meio adjuvante de a prolongar em conformidade de plena realização pessoal.

Brasilino Godinho tendo sido autodidacta desde a adolescência, caloiro universitário aos 77 anos de idade e aos 85 anos alcançado o Doutoramento, faculta provas convincentes; materializa testemunho eloquente e inquestionável.

Finalizo a entrevista expressando o desejo de que estas minhas declarações não sejam reproduzidas, em letra de forma/imprensa, segundo o Novo Acordo Ortográfico; dado que falo e escrevo com activo repúdio por tão aberrante e desvalorizado instrumento linguístico.

José Carreira

Presidente das Obras Sociais de Viseu, Diretor da Revista Envelhecer