HÁ COISAS DO “ARCO-DA-VELHA”
Brasilino Godinho
08/12/2021
Bastantes delas têm acontecido ao longo da minha existência nonagenária.
A última foi há instantes. Pesquisava no meu extenso arquivo electrónico e não é que deparo com um poema que me teria sido dirigido em Março de 2007. Não faço ideia de como ele surgiu e quem é a pessoa que se assinou por Fernando Martinho e que mo endereçou a partir de Viseu. Provavelmente, cometi o lapso de não ter agradecido ao autor. Se tal aconteceu lamento profundamente pois que falhas desse tipo não estão nos meus hábitos.
Estou intrigado com este achado num arquivo muito preenchido.
Transcrevo a peça tal e qual como a encontrei arquivada.
Homenagem a um forte que não deixa
de lutar contra o “desencanto”.
Seu nome Brasilino Godinho
Há um silêncio de Ouro
Há Ouro para silenciar
Há um silêncio de morte
Há morte para o silêncio
Há um silêncio de vergonha
Há vergonha que obriga ao silêncio
Há um silêncio de covardia
Há covardes que actuam em silêncio
Por imposição de silêncios
Andam todos calados
E porque nunca fui calado
NINGUÉM ME VAI SILENCIAR
Fernando Martinho
Viseu, Março 2007
Legenda:
- Foto da revista COFRE que inseriu a anotação: "Firmeza de ânimo".
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