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SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sexta-feira, julho 02, 2021

 

NESTE DIA

há 8 anos

 

Brasilino Godinho

02 de Julho de 2021

 

DOS GRANDES PASSOS DE UMA VERTIGEM FERROVIÁRIA

DADOS NO MUI SOMBRIO TÚNEL DA COELHAL FIGURA.

 

Palmas para o personagem principal do actual drama político português, Coelho Passos de Pedro. Precisamente aquela criatura multiforme que, superiormente e a título nominal, comanda os destinos da "Quinta Lusitana".

Diga-se, que aplausos a Passos de Coelho pela sua invulgar visão ferroviária concernente ao traçado do túnel que, de sua engenhosa e desconforme concepção, é a nossa desgraça colectiva; e, também, realce pela previsível aceleração a alta velocidade que, a partir de agora, se antevê ser utilizada na já alucinante condução do comboio que, tristemente, com grande desconforto e um enorme sofrimento, nos transporta rumo ao imenso abismo da destruição de Portugal.

E no momento em que se apagou a rutilante chama gasparina, com origem e mantença nas "fananças" de Gaspar Victor (este, o grande especialista financeiro, reputado agente macroeconómico de fina estirpe e magnífico ideólogo da severa austeridade) e se julgava surgir uma ténue luz a meio da referida, tenebrosa, obra-de-arte, veio a notícia de que, se "tudo como dantes, quartel-general em Abrantes", pior do que isso é o facto de o ente roedor da variada fauna política/partidária localizada em Lisboa, ter escolhido para a pasta das Finanças uma pessoa do género feminino que está comprometida em duas acesas, esquisitas, polémicas e com excepcional posse e sofisticado usufruto de uma visão ferroviária catastrófica do rumo a prosseguir na sonolenta terra lusa.

Claro que tal facto se enquadra na rotina de comportamentos do pretensioso chefe da (des)governação nacional.

Daí, podermos assinalar que, por parte de Passos de Pedro Coelho, até está bem vista e melhor considerada, a corrida ferroviária ao longo do túnel da nossa desgraça colectiva.

É que, se todos estamos mui lembrados, a Senhora Dr.ª Maria Luís Albuquerque, anunciada como a futura ministra das Finanças, há uns largos meses instalou, no gabinete da sua secretaria de Estado do Orçamento, com todos os requisitos de boa acomodação e regalo financeiro, um engenheiro especializado em comunicações ferroviárias.

Facilmente se induz que, para a semana, após a tomada de posse do lugar, a ministra das Finanças se fará acompanhar ao Terreiro do Paço do referido técnico e que este cavalheiro se apresente vergado ao peso dos projectos atinentes ao desenvolvimento da circulação ferroviária adstrita à política financeira adoptada pela nova titular do ministério.

Tudo isso significando que, previsivelmente, grandes acidentes ferroviários irão suceder nos próximos tempos. O que dará azo a profundos estragos no tecido social deste país.

E, outrossim, à criação da terrível imagem pífia de Portugal como um território sem seguro; com portas, qual invulgar estandarte propiciador de cataclismos político-sociais; com falta de um genuíno índio Jerónimo, qual impetuoso guerreiro envolvido em encarniçadas lutas reivindicativas da liberdade e honorabilidade do povo indígena; e com a eventual e embaraçosa quebra de ardor combativo de um distinto João Se(m)medo, devida a inoportuno, arreliador, cansaço doutoral decorrente dos compulsivos diagnósticos e atribulados prognósticos dos males da sociedade portuguesa, com os quais ele é confrontado no seu operacional dia-a-dia.

E, ainda, suprema desgraça nacional: a de uma nação que limitada a um decorativo cavaco presidencial (de singular e alaranjado espectro), postado em trono do Palácio de Belém, nele viu, em fugidio sonho, configurado o activo instrumento de bloqueio à circulação do incrível, devastador, comboio do desgoverno que vai poluindo a atmosfera, desfigurando a paisagem, exterminando o tecido social e prosseguindo o colapso de Portugal.

O que, convenhamos, sendo uma tremenda desilusão da grei portuguesa, é uma profunda calamidade, com obscena representação dramática no reles teatro-circo da política à portuguesa.

Nota importante - Enquanto em muitos países civilizados os governantes acusados de irregularidades são exonerados, ou se demitem, ou suspendem as funções enquanto não são ilibados; em Portugal, pela mão do chefe Passos Coelho, os políticos a contas com a Justiça ou sob suspeita de irregularidades ou de ilícitos, sobremodo contemplados nessas credenciais, são preferencialmente, nomeados ministros, promovidos e catapultados para altos cargos da governação.

Esta indecente prática de prostituição governativa ou (se quisermos, por mais ajustável terminologia), de podridão política, já poucas vezes se regista nos países do terceiro mundo.

Mas, infelizmente, tal prática é, no Portugal de hoje, a emblemática negação de um Estado de Direito.

Ademais, pelo que se vai passando todos os dias na área da "Quinta Lusitana" - território privilegiado de um grupo de habilidosos de equívocas intenções, onde se situa o autoritário Poder e se exercitam os obscuros expedientes de explorar a terra, de esbanjar o património, de iludir os indígenas, de ignorar as normas democráticas e de atentar contra as mínimas condições de vida digna dos cidadãos - cada vez mais se acentua essa evidência em Portugal.

 

Nota marginal de Brasilino Godinho a 02 de Julho de 2021

Se há oito anos o País estava confrontado com a alaranjada desgraça coelhal, hoje temos a dolorosa continuidade que lhe foi sucedânea através da rosada desgraça de marca costal. Parece que não há volta a dar neste negro quadro traduzindo um grandíssimo infortúnio nacional: é um todo material/farinha venenosa do mesmo saco repugnante.