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SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

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ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

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e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

segunda-feira, maio 24, 2021

 

NESTE DIA

Há 1 ano

24 de Maio de 2020

Brasilino Godinho

  ·

 “ÁGUA ESTÁ MAIS FRIA”

“MARCELO NADA NA BAÍA DE CASCAIS”

 

01. Este é o título dado á estampa pela TVI 24 e com expressão oral tida pela bonita jovem repórter que fez reportagem in loco.

A vários títulos achei interessante e atractiva a composição linguística da notícia que suponho deve ter tido geral apreço nos seios das comunidades portuguesas de aquém e além-mar, dispersas pelos cinco continentes.

Na parte que me diz respeito, ela, albergada no modesto recanto habitacional, em que me encontro há largos meses confinado, devo afiançar que também me senti tocado pela ocorrência presidencial. Só que cingido à minha própria avaliação que admito ter cambiantes algo divergentes do gáudio suscitado em muita malta que se refugia num acrisolado culto a Marcelo Rebelo de Sousa; o que, provavelmente, decorre da circunstância, por ele anunciada in illo tempore, de estar, em permanência constante, relacionando-se tu cá, tu lá, com o Divino Espírito Santo.

No tocante a este sacrossanto aspecto de natureza marcelina, fico-me por aqui, sem mais acrescentar.

Mas retomo o fio à meada do que vinha expondo sobre a temática implícita na dupla formulação colocada em epígrafe deste texto.

02. No seu conjunto a afirmação de Marcelo, em si mesma, é ambígua e dir-se-ia ter enunciação charadística que, se não foi precipitada malandrice, releva uma confrangedora, inexpressiva e insuficiente, referência circunstancial e alguma inesperada fraqueza de articulação oral do Português, que não se imaginaria em sede de um distinto mestre de Direito.

Note-se a charada: “ÁGUA ESTÁ MAIS FRIA”. “Mais fria? Para além de se subentender que a água está fria, como decifrar a implícita condição de que “está mais” comparativamente com quê? Com outras águas? Quais? Com o calor do areal? Do ar atmosférico? Com o calor do corpo dele Marcelo? “Água mais fria” do que estaria a água do chuveiro da sua casa de banho; do que estava antes o interior da sua residência ou do automóvel em que se terá transportado à Praia de Cascais?

Tratou-se de uma charada que só Marcelo talvez… pudesse solucionar. Há que, neste transe charadístico, conceder-lhe bondosamente o benefício da minha dúvida, decerto compartilhada pelos meus leitores.

03. Afirmação da jornalista: “MARCELO NADA NA BAÍA DE CASCAIS”.

Seja-me permitido fazer um reparo: desejaria ouvir dizer Presidente Marcelo. Não ficaria mal mais respeitinho pelo Supremo Magistrado da Nação Portuguesa. E eu estaria poupado a seguir a onda de uma deficiente formação educativa que se tornou generalizada na sociedade portuguesa. Aqui e agora fui citando Marcelo para não parecer apóstolo-modelo e dar ideia de que me julgo um paradigma de santidade… Assim a modos de: faz o que eu digo, não olhes para o que faço… Também sou pecador de bastantes pecados… Penso eu…

Escrito isto à laia de parêntesis, avanço com a indicação de que, pelo que vi reportado, presidente Marcelo esteve na Baía de Cascais e nadou.

É previsível que isso tenha sido devidamente apreciado por quantas pessoas estiveram, neste domingo, retidas nas suas casas. Tratou-se de uma diversão com seu quê de pitoresca e não é todos os dias que a malta amiga do presidente dispõe desse espectáculo marcelino.

Além de que é adquirida a certeza de que o presidente escolheu bom sítio com agradáveis panorâmicas que encheram os olhos de muitos seus admiradores.

Caso para questionar: O que seria neste tempo, Portugal, se não tivesse um presidente detentor de tantos atributos artísticos e exímio nadador de águas profundas?

Afinal, os portugueses estão de parabéns!...

Felizmente que o presidente Marcelo não escolheu o pântano de que falava o famoso Guterres, para fazer os seus acrobáticos mergulhos…

Teria sido triste. E a tarde e noite deste domingo seriam para muita gente um inconsolável pesadelo…

Pelo que importa declarar: BEM-HAJA, PRESIDENTE!