OPORTUNO TEXTO SOBRE O MENINO DE OIRO.
ESTE, ANDA POR AÍ ESQUECIDO. RELEMBRO-O!
10 de Abril de 2021
Terça-feira, 22 de Julho de 2008
Estimadas
leitoras,
Caros leitores
Insiro uma crónica sobre o menino de oiro que caiu do céu aos trambolhões sobre o PÁTIO DAS CANTIGAS SOCIALISTAS.
O Partido Socialista está feliz e enriquecido... Enquanto isso acontece com surpresa generalizada, os indígenas vão ficando mais pobres, desiludidos, sofredores e frustrados.
Felicidade de alguns privilegiados. Sorte malvada para tantos outros que carregam a má sina dos desprotegidos.
Cumprimentos.
Brasilino Godinho
Um texto sem tabus…
UM PAÍS DE TANGA, UM CONDOMÍNIO DE GENTE MILIONÁRIA E (OU) TRANQUILA E, SUPREMA VENTURA, UM PARTIDO RICO…
Brasilino Godinho
brasilino.godinho@gmail.com
http://quintalusitana.blogspot.com
Portugal é um dos países mais antigos da Europa. Um dado adquirido, qual verdade ao jeito do seigneur DE LA PALICE… Dotado de bastantes tradições, teve muitos títulos de nobreza. Houve quem o considerasse “jardim à beira-mar plantado”. Muitas das suas gentes, valerosas, ancestrais, ficaram para a Eternidade consagradas na imortal epopeia dos Lusíadas, da autoria de Luís de Camões (menção não despicienda na actualidade por razão do vazio em literatura portuguesa existente nos programas escolares e com o qual se promove a ignorância das novas gerações). E dispõe de um riquíssimo património cultural em vários domínios do Saber e das Artes.
Não obstante, se foi um Estado-Nação que marcou lugar cimeiro no mundo civilizado, neste tempo que corre encontra-se tão desfigurado e empobrecido a tal ponto que se não foram os registos da História ninguém diria que, à época dos Descobrimentos, formara um império poderoso e influente no curso da Humanidade.
O declínio de Portugal começou a acentuar-se a partir do século XIX, avolumou-se no século XX e, na actualidade, o país está transformado num território desordenado onde penosamente sobrevive uma nação exangue, gratuitamente aviltada, sem escrúpulos explorada e de forma indecente dominada por castas poderosas que a arrastam para as profundezas de um abismo aterrador das consciências mais lúcidas e impolutas que, milagrosamente, conseguem sobreviver num pântano mal cheiroso e putrefacto assinalado, em época não distante, por um moço de muitas virtudes segundo os guiões da Opus Dei, timorato, de falinhas mansas, assaz assustadiço, que deu o fora para a estranja: António de Oliveira Guterres, de sua graça, nome e apelido.
Os efeitos de destruição no meio ambiente provocados pelo “pântano”, definido à imagem guterreana, tiveram progressão avassaladora. Tamanhos resultados advieram que, passadas algumas luas, veio outra criatura de semelhante estirpe do Guterres classificar a situação como a de um estado de tanga. Desde essa altura em que o verdadeiro artista do circo político, Durão Barroso, lhe configurou o figurino, que a tanga tem vindo a esfarrapar-se e hoje, de tão esburacada, já nem isso é. Pior o facto de o corpo já não aguentar o farrapo, visto que o ser está cada vez mais escanzelado, faminto, prestes a finar-se.
No entanto, se o Portugal da nossa desventura colectiva e de tão numerosas tragédias individuais, se debate angustiosamente com a sua sobrevivência no mundo cão em que os grandes figurões - e seus mandantes - da desgovernação o mergulharam, é facto notório, amplamente conhecido, que nele existe um próspero condomínio, já designado por QUINTA LUSITANA, onde vive sem sobressaltos, à tripa-forra, gente milionária e pias criaturas que, sempre, quando acusadas de falcatruas e de pecaminosas e ilegais actuações, se apresentam como virginais donzelas e, de pronto, se declaram tranquilas. Estas, são pessoas que bem integradas no reservado e especial condomínio, mui resguardadas no seio da respectiva comunidade, beneficiando das bênçãos dos vários mentores e das cumplicidades dos fraternos irmãos, reúnem todas as basilares condições para se mostrarem serenas e confiantes de não serem molestadas.
Por evidente razão acreditamos que assim se expressando e, também, com base nas formulações de benevolentes e lisonjeiros juízos em causa própria, elas confiadamente assumem a bem-aventurada qualidade de impolutas pessoas ciosas de dar lustre, fama e proveitos a si mesmas e a todos quantos compartilham as delícias e os supremos prazeres do selecto condomínio QUINTA LUSITANA, com sede alfacinha e respectivas sucursais no Porto, e em Coimbra. E, claro, personalidades naturalmente convictas de o sistema judicial ser algo que lhes é indiferente e sem operacionalidade nos seus espaços residenciais, visto considerarem não ter cabimento uma “invasão” nos domínios de suas excelências Tais seres de eleição pensam que, acima de tudo, é preciso defender o bom-nome de cada um e garantir o respeitinho pela propriedade privada. No caso, a QUINTA LUSITANA.
Ainda agora Victor Constâncio, um dos ilustres condóminos da QUINTA LUSITANA, também conhecido profeta (felizardo) de todas as desgraças que podem cair sobre nós - e a que por excepcional condição está sempre alheio e inatingível – veio proclamar, com aquele ar seráfico característico da sua personalidade, que continuaremos a empobrecer cada vez mais. E repetiu o estafado discurso: não haver aumentos de salários, manter-se a contenção de despesas, os indígenas deverão apertar os cintos e o Zé-Povinho deve esquecer a miragem de ver a luz ao fundo do túnel das grandes desgraças e misérias que o atingem.
De bom samaritano (para seu uso e aplicação pessoal) o Constâncio reserva para si a constância do bem-estar material, o empenho no seu ego, o quinhão das regalias, os inerentes proveitos e o regalo de vida. Aliás, como fazem todos os seus parceiros que oportunamente se instalaram na QUINTA LUSITANA e dela usufruem benesses, milionários salários ou pensões, ricos alojamentos, recheadas mesas e agradáveis momentos de prazer. O que – aos referidos condóminos da QUINTA LUSITANA - os torna seres insuperáveis, refugiados num “paraíso”, ao abrigo das comuns aflições dos desprotegidos portugueses. Assim, alegremente, se mantêm coesos e libertos de todas as crises instaladas em terrenos para além das extremas da QUINTA LUSITANA.
E como se tudo isto não chegasse para nos moer o juízo, aí está nas bancas um livro a dar notícia e realce da existência do recente enriquecimento do Partido Socialista - com a agravante de isso ter sido conseguido à pala do exercício do Poder.
A obra da autoria de uma jornalista da praça lisboeta (segundo julgamos) informa que o Partido Socialista tem um menino de oiro. Quem imaginaria que esse menino de oiro é José Sócrates?
O que nos é asseverado pela autora do livro.
Mas seja de oiro, de pechisbeque ou de carne e osso, bem ou mal adornado, parece certo que os homens e mulheres do PS, andando “às aranhas” com os problemas da conjuntura, arranjaram uma forma surpreendente de se satisfazerem com as peripécias do menino e de se distraírem, abdicando da elementar obrigação de encontrarem um adulto que desse garantias de competência e profícuo labor governativo. Isto é: vão dedicar-se a venerar o seu menino de oiro. Enquanto por esse mundo além-fronteiras, há seres humanos que veneram bezerros de oiro, os socialistas lusos considerando-se ricos com o seu brinquedo de oiro, vão incensá-lo, perfumá-lo e venerá-lo. Provavelmente, vão exibi-lo nu (como os padres fazem ao menino Jesus nas cerimónias litúrgicas da quadra natalícia), sem pudor. Pela certa, ser-nos-á apresentado no Parlamento, nas feiras, nas romarias, nas lotas, nos adros paroquiais, nos campos de futebol, nos retiros do Fado, nas inaugurações oficiais, para gáudio de multidões deslumbradas com o pálido brilho amarelado do “menino”.
Se acreditarmos naquilo que irradia a partir do PÁTIO DAS CANTIGAS SOCIALISTAS o menino de oiro, Sócrates, é mimado por muitos portugueses do tipo “Maria que vai com as outras”. Os ditos, deixaram-se contagiar pelos arroubos dos devotos do PS? Será? Tal e qual?
Porém, aqui entre nós, como retrato de muitos atrasos e de coisas deploráveis existentes neste Portugal, estaria a faltar-nos esta parolice?
Enfim, gostos, tendências e procedimentos que, ao contrário do que insinua o correspondente lugar-comum, devem ser discutidos e rejeitados.
Por conseguinte: Fiquemos cientes que a “história” do “menino de oiro” é mais uma pecaminosa, estulta e ridícula originalidade portuguesa…
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