UM TEXTO SEM TABUS…
Brasilino Godinho
22/Fevereiro/2021
QUANDO A ESMOLA É GRANDE
O POBRE MUITO DESCONFIA…
Se bem me lembro e razão tenho para nem admitir estar esquecido ou confuso, a semana p.p. foi fértil em notícias vindas da estranja e provenientes de Lisboa; as quais, davam informe de que, à escala mundial, Portugal era o país mais infectado pela pandemia Covid-19. Esteve assim delineado um quadro de profunda calamidade pública em todo o território nacional.
Hoje, precedendo uma contínua regressão do surto pandémico, na sucessão dos dias, segundo dados oficiais, é profusamente anunciado que o número de novos infectados atingidos pelos vírus está reduzido a 549 cidadãos (nas últimas vinte e quatro horas).
Tal como - em crónicas anteriores - previ que a pandemia tinha o destino traçado de finalidade por alturas da Páscoa, mantenho a previsão face ao processo de extinção em curso…
Dar-se esta reviravolta em tão curto tempo, é ocorrência sensacional. Desejaria que não se apure o desaparecimento dos coronavírus e em seu lugar surja atrevido gato à porta do ministério da Saúde, com o rabo de fora…
Vem a propósito anotar duas coisas:
- uma, “quando a esmola é grande o pobre desconfia”;
- outra, lembrar que a ministra da Saúde, em recentíssimo tempo da maior gravidade da pandemia, disse que ia aumentar a quantidade dos testes a efectuar diariamente – o que não deu para perceber, Pois que se impõe a interrogação: porquê só então e precisamente em conjunção com a previsão que era feita de gradual e expressivo sucesso no combate aos terríveis vírus?
Prevê a ministra colocar a cereja sobre o bolo? E proclamar: Vêem como prosseguimos no bom caminho: Estão diminuindo bastante os novos casos e coincidindo com o aumento dos testes. O que muito credibiliza a actuação da autoridade sanitária…
Só que se a realização dos testes acontecer tal e qual como ocorre com a aplicação das vacinas, bem se pode desconfiar do pretensioso êxito apregoado aos quatro ventos pela ministra e seus camaradas do partido.
Entretanto, já se vai insistindo para se aliviarem ou cessarem as medidas de resguardo e segurança individuais e colectivas. O que irá acontecer dias antes da Páscoa, conforme os costumes governamentais.
E também se voltar ao agravamento das mesmas por alturas das férias em Agosto.
Assim entraremos num ciclo infernal, sem fim previsível.
0 Comentários:
Enviar um comentário
<< Página Principal