413. Apontamento
Brasilino Godinho
02/Maio/2020
PIONEIRA CRIAÇÃO PORTUGUESA DE NOVA PROFISSÃO
A DOS “VERIFICADORES DE FACTOS INDEPENDENTES”
OS QUAIS DEVERÃO SER DEVIDAMENTE VERIFICADOS…
01. Introdução
No antecedente 412. Apontamento titulado “NINGUÉM
OUSA LEVANTAR DUAS LEBRES” citei declarações de um ex-ministro das Finanças do
governo nipónico, de Christine Lagarde e do “deputado da triste figura”, do
PSD, da Guarda, que alinharam, em diferentes alturas, no diapasão de que era
urgente eliminar os velhos cidadãos.
O texto no final insere uma foto contendo a
inscrição da fala atribuída à conhecida e muito badalada a nível mundial,
senhora Christine Lagarde, na época da fala exercendo o alto cargo de Directora
Geral do FMI - Fundo Monetário Internacional.
Acabava de ser publicado o 412. Apontamento e logo,
de supetão, lhe foi aposta uma tarja onde se lê: “Informações falsas –
Verificado por verificadores de factos independentes.”
02. Reacções imediatas de
Brasilino Godinho
De imediato, comentei a censura e
reprovação que me era dirigida. E publiquei meus comentários no espaço
adjacente ao 412. Apontamento.
Logo, não
perdendo tempo, manifestei estranheza quanto à expressão utilizada. Mas, que de
certo modo, ela mesma, sim, eivada de falsidade quando alude aos “factos
independentes” (que não existem) – o que descredibiliza a acusação de “informações
falsas” que é feita ma referida tarja.
Mais: por ser
extensiva, mais ficou desmerecedora de credibilidade. Explicando melhor: é
abusiva e ofensiva a nota de falsidade sobre o que eu escrevi acerca das falas
do japonês e do português. O que ambos disseram, perante testemunhas, foi
reportado em jornais estrangeiros e portugueses e chegou a ser divulgado pelas
estações televisivas nacionais. Tão verdadeiras as minhas citações que jamais
as respectivas falas foram negadas pelas duas criaturas.
Um parêntesis me
permito introduzir neste texto para assinalar que não há “factos
independentes”. Os factos ocorrem por decorrência de situações, de causas, de
vontades, de acasos, de motivações, de factores vários e de fenómenos naturais
que escapam ao nosso domínio. São sempre precedidos de algo, por vezes
subjectivo; mas nem por isso menos significativo.
03. O
pronunciamento de Chistine Lagarde contra os velhos
Se bem me lembro
ele ocorreu numa semana do mês de Outubro ou de Novembro de 2018. A senhora
Lagarde exercia o alto cargo de Directora Geral do FMI – Fundo Monetário
Internacional. Teve larga repercussão internacional. Principalmente, citado nos
jornais e televisões dos Estados Unidos, da França e da Alemanha. Certamente
que essa divulgação não passou despercebida à própria Christine Lagarde.
Se a declaração
era falsa a visada, imediatamente, emitiria um comunicado a desmentir a atoarda
que estaria sendo circulada. Não houve notícia de que o tivesse feito.
Daí exigir que,
com idêntica presteza com que rotularam de falsidade o meu 412. Apontamento e a
inscrição constante da foto de Christina Lagarde (não introduzida por Brasilino
Godinho), venha a mesma entidade, POLÍGRAFO, apresentar-me inequívocas provas
de que a referida senhora não fez o célebre pronunciamento. Espero receber
cópias verdadeiras do comunicado repulsivo que tenha sido emitido pela senhora
Lagarde e haja publicado, à época, nos jornais norte-americanos, franceses e
alemães.
É que na
intervenção do Facebook, dando cobertura à opinião da Polígrafo, não constam
elementos válidos que confiram credibilidade ao teor da sua intromissão censória no meu
412. Apontamento.
E não será por a
Polígrafo ter assumido eventuais dores da senhora Lagarde que Brasilino Godinho
aceitará a acusação de noticiar falsamente aquilo que até hoje tem sido
considerado verdadeiro, à escala internacional.
Por sinal, dá-se
o caso de Brasilino Godinho não desconhecer que, nalguns países, existem
centrais de contra-informação que se entretém a desmentir ocorrências
verdadeiras. Mesmo em Portugal é prática corrente de alguns políticos e
entidades várias dizerem hoje uma coisa e amanhã, com a maior desfaçatez, já a
estarão negando. Costuma-se dizer: “gato escaldado de água fria tem medo”.
Aliás, nunca dei
notícias falsas. Embora admita que há sempre uma primeira vez em que,
inadvertidamente, isso possa acontecer.
Se agora isso
sucedeu – o que, sublinho, não creio - seria conveniente para Brasilino Godinho
e para os leitores que todos ficássemos bem esclarecidos quanto ao fulcro da questão
ora suscitada.
04. A INVULGAR TARJA
“Informações falsas. Verificado por verificadores de factos
independentes"
Estes são os dizeres inscritos na tarja “colada” pelo Facebook sobre a foto
de Christine Lagarde que dá remate ao texto do meu 412. Apontamento.
Destaco que me coube a invulgar e deslumbrante oportunidade de, com o meu
escrito, ter dado azo a ser do conhecimento público a novidade de que, em
Portugal, passou a existir mais uma profissão: a dos “verificadores dos factos
independentes”.
Claro que não existindo “factos independentes” eles terão que ser
inventados, visto que haverá necessidade de proporcionar ocupação aos novos
profissionais. Então a Polígrafo, por simples coerência, quando os noticiar
terá que informar o respeitável público de que os mesmos são falsos. Será
chatice… mas noblesse oblige!
Todavia, esta história mal contada dos “verificadores de factos
independentes” parece ser uma coisa de outro mundo, quiçá esotérico. Mas
indiciando ser fantástica criação genuinamente portuguesa que, ao que consta,
proporciona aos novos profissionais garantido emprego na Polígrafo.
Intriga a circunstância de ainda em Portugal não haver verificadores dos
factos dependentes, dos factos políticos e dos factos fictícios ou imaginados
por mentes brilhantes, como a do personagem Gente, dos primeiros anos do
semanário Expresso.
Talvez com a
passagem dos anos, as sucessivas experiências acumuladas e o desenvolvimento
das actividades verificadoras dos verificados “verificadores de factos
independentes” e eles todos de elevada estirpe verificadora, muito bem
verificados com todos os requintes da mais sublimada verificação, naturalmente
verificada pelos verificadores de eleição (da Polígrafo), a qual, esplendidamente
verificada por ultras verificadores, se chegue a alcançar o extraordinário
primor de organização superiormente trabalhada…e de melhor emergência no superveniente
e mui verificado Facebook.
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