Almeida Garrett, em 1843, no livro VIAGENS NA MINHA TERRA, a pp. 15 e
16, insere duas perturbantes interrogações:
- “Quantas almas é preciso dar ao diabo e quantos corpos se têm de
entregar no cemitério para fazer um rico neste mundo?”
- “E eu pergunto aos economistas, aos políticos,
aos moralistas, se já calcularam o número de indivíduos que é forçoso condenar
à miséria, ao trabalho desproporcionado, à desmoralização, à infâmia, à
ignorância crapulosa, à desgraça invencível, à penúria absoluta, para produzir
um rico?”
Brasilino Godinho: permito-me manter as interrogações
de Garrett e anotar que até hoje não há conhecimento de que qualquer um dos
interpelados tenha feito os cálculos solicitados. Não estão nisso interessados
e mais se contemplam egoisticamente nos seus interesses pessoais.
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