AMAR
UM BEM SUPREMO
De
entrevista do distinto psiquiatra António Coimbra de Matos:
“É difícil amar?
Não é fácil, mas
é bom. E se não se amar não se vive. Tive uma analisanda — professora de
psicologia — que um dia me disse que tinha descoberto que eu era religioso, que
o meu deus era o amor. Acho que é verdade. É a coisa que nos mantém, que nos
entusiasma e pela qual vale a pena lutar.”
Brasilino
Godinho
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O Prof. Doutor
António Coimbra de Matos, interrogado sobre se é difícil amar deu uma resposta
assertiva quanto à natureza qualitativa de um bom estado de alma e afirmando
convictamente que: “É a coisa que nos mantém, que nos entusiasma e pela qual
vale a pena lutar.”
Estou plenamente de acordo! Pois que assevero
sentir na minha vivência de dezenas de anos esse inebriante sentimento de
bem-querer, exaltar, adorar e continuamente celebrar e acarinhar fervorosamente
a pessoa amada. Todo esse fervor de suscitado entusiasmo e grande vibração se
me foi acomodando ao compasso do tempo e sempre me compenetrei que, por ele e
nele, me haveria sempre de contemplar embevecido e fascinado, por natural
decorrência do brilho irradiante da pessoa amada.
Num ponto anoto minha divergência com o Doutor
António Coimbra de Matos, quando ele diz que não é fácil amar. Contraponho: é
relativamente fácil. Pois amar advém, naturalmente, da estabelecida
reciprocidade do nobre sentimento partilhado pelas duas pessoas que mutuamente
se querem – o que se representa como facilidade advinda da harmonia e da sã
convivência dos dois seres irmanados pelo específico sentir; o qual, em ambos
converge e se firma no quotidiano das suas vidas.
Todavia, tudo isso não obsta que haja ocasiões em
que se manifestam dificuldades que ilustram ou expressam uma situação
ocasional, configurada na observação de que “não é fácil amar”. Então, haverá
espaço e vontade para ultrapassar a negativa circunstância se o casal conseguir
manter a chama viva do amor recíproco e apelar a todas as suas faculdades de
alma no sentido de removerem divergências e se empenharem na harmonização das
suas existências. Por vezes, a essas situações difíceis sucedem-se
gratificantes resultados de fortalecimento e consolidação do amor do casal.
Caso não haja a fortaleza de ânimo numa das
partes envolvidas na pontual e penosa circunstância de desencontro sentimental,
então o entrosamento amoroso perde-se ingloriamente. Mas tal ocorrência traduz
situação-limite que decorre do esmorecimento ou quebra do vínculo afectivo
inerente a um amar verdadeiramente consolidado.
Finalmente,
contemplo-me ardorosamente nas expressões do Prof. António Coimbra de Matos:
AMAR - “É a coisa que nos mantém, que nos entusiasma e pela qual vale a pena lutar.”
“E se não se amar não se vive.”
AMAR - “É a coisa que nos mantém, que nos entusiasma e pela qual vale a pena lutar.”
“E se não se amar não se vive.”
O leitor retenha
na memória:
E se não se amar
não se vive.
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