BRASILINO
GODINHO
215.
APONTAMENTO
18 de Abril de
2019
ADSE – PELAS HORAS DA MORTE
01. Esta tarde fui à Loja do Cidadão e no balcão competente
entreguei um recibo de consulta médica para efeitos de comparticipação da ADSE.
Feita a entrega, perguntei: qual a previsão da data de pagamento da percentagem
que me cabe receber?
Resposta seca da senhora funcionária: Cinco meses!
Insisto: Como? Cinco meses, terei ouvido bem?
Sim, cinco meses!
Fiquei sem palavras.
E não havia que discutir com a interlocutora.
02. Porém, aqui cumpre-me o direito e a obrigação cívica de
lavrar público e veemente protesto.
Quem dirige a ADSE e o Governo que a tutela, têm consciência
da gravidade de tão insólita situação para milhares de beneficiários, que -
pelo visto - passaram de-repente a não beneficiarem coisa nenhuma; pois
agravadas estão agora as suas precárias condições de vida e, nalguns casos mais
dramáticos, até de sobrevivência?
Cinco meses para serem despachados os reembolsos é quase meio
ano. Quantas pessoas vão aguentar tão longo compasso de espera?
Será esta a forma enviesada e sofisticada de continuar a
famigerada austeridade que ceifou milhares de vidas?
Outrossim, de saldar o desfalque de milhões de euros
praticado pelo Director da ADSE?
Dá a impressão que este expediente, inqualificável das
entidades que dirigem e tutelam a ADSE,
constitui clara demonstração de que após o desfalque do director ela ficou
falida; e, também, faculta a crença de que se trata de um balão de ensaio para
lhe apressar o colapso final.
03. Mas que país é este em que tanta gente de coturno rouba
impunemente quanto lhe apetece e em que os (des)governos entregam, sistematicamente,
milhões de euros aos bancos falidos. E, em contraposição, a classe dirigente
proclama, a toda a hora, que não há meios financeiros para cuidar de necessidades
básicas dos cidadãos, para assegurar o regular funcionamento do Serviço
Nacional de Saúde, para pagar aos professores e os encargos monetários do
Ensino, para melhorar as remunerações dos funcionários públicos e aposentados
dos serviços estatais e das autarquias.
Tudo isto é triste! Tudo isto é fado dramático! Tudo isto
evidencia imoralidade, falta de ética, corrupção e incompetência. Total
subversão de princípios e valores que conferem dignidade às pessoas, às
instituições e à Pátria.
Enfim, Portugal está de rastos!
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