Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

segunda-feira, outubro 16, 2017



ONTEM HOUVE MAIS DE 500 FOGOS! POR MAGIA? NÃO!
ALIÁS TUDO INDICA QUE POR ARTES MUI DIABÓLICAS

Brasilino Godinho

01. O que se passou ontem, domingo, 15 de Outubro de 2017, foi algo de esquisito, invulgar e absolutamente contra naturam.
Não se concebe que neste mês de Outubro, fora da época estival, num dia em que nem se registaram picos de temperaturas bastantes elevadas (as que houve e as fortes ventanias foram geradas pelos mais de 500 fogos dispersos pelo território nacional) tenham ocorrido tantos e muito grandes incêndios que, na generalidade, tiveram início de madrugada ou ao amanhecer.
Às geradas primeiras impressões fixava-se a ideia de que Portugal era um país de pirómanos. Mas se não o é, nele se acoitam alguns deles que vão causando grandes devastações.
Dir-se-á que por artes criminosas, que poderíamos designar por práticas de magia negra, o país esteve configurado numa imensa e aterradora chama.
Salta à vista ou aflora ao entendimento que - afastada a ideia de actuação concertada de centenas de pirómanos - as ocorrências foram da responsabilidade de gente que agiu intencionalmente e tendo o objectivo de, deliberadamente, causar danos em sectores vitais da economia portuguesa, prejudicar alguém ou comprometer entidades governamentais que, nestes casos de devastação, são alvos imediatos, fáceis e preferenciais, das invectivas populares.
A dimensão da calamidade pública foi de tal grandeza que o país não estava preparado para lhe resistir, nem houve meios suficientes para a enfrentar com eficácia operacional.
É de acreditar que, perante os contornos e os meandros da calamidade dos fogos florestais, haja uma qualquer organização que a planeou e lhe vai dando execução prática. Resta saber se com a cumplicidade de algumas autoridades.
Uma verdade há que reter: esta persistente actividade criminosa não pode continuar. Muito menos impune.

02. Entretanto, tenhamos presente que as trágicas consequências dos incêndios florestais que ultimamente têm ocorrido não se limitam à destruição das matas e do edificado, às perdas de vidas humanas e às mortes de animais.
Há que contar que está no horizonte a aproximação de outra grande desgraça nacional durante o próximo inverno: as inundações dos aglomerados populacionais; as grandes cheias e as enxurradas provocadas pelas correntes caudalosas que, vertendo das áreas ardidas das colinas e dos montes, vão convergir sobre as albufeiras das barragens e sobre os aquíferos, causando a poluição das águas dos abastecimentos públicos.
Por isso, vamos estar atentos às medidas preventivas que o governo e as autarquias vão tomar quanto às importantes matérias do bem-estar das populações e do saneamento básico das cidades, vilas e aldeias.

P.S. Face aos trágicos acontecimentos aqui comentados, impõe-se que, finalmente, as câmaras municipais extraiam deles o correspondente ensinamento e, em conformidade com o mesmo, providenciem no sentido de acabarem as situações de residências e instalações fabris estarem envolvidas por arvoredo e matagal. Existe legislação que não tem sido cumprida e que deveria comportar a aplicação de sanções de natureza judicial aos autarcas negligentes e incumpridores da lei.