Mui prezadas Senhoras que
despertais meu deslumbramento
Caros Senhores a que presto a
maior consideração
Estamos
em época de Natal propensa a manifestações de apreço. Por esta razão
circunstancial, acima enunciada ficam expressos os termos indicadores da atenta
e agradável convivência que venho mantendo com as Senhoras e os Senhores que,
integrando a minha numerosa lista de contactos, me dão a honra de receberem e
lerem as minhas crónicas.
Nesta
altura iniciam-se as férias do Natal. Será tempo de convívio familiar, de
diversão, de relativo descanso e de algum ócio. Nesta perspectiva de lazer terá
algum sentido pensar-se que haverá tempo e disposição para amenas leituras.
E,
por referir leituras, estas constituem um razoável pretexto para lhes enviar
uma antiga crónica, um pouco extensa, que foca o problema crucial da língua
portuguesa, dos maus tratos a que está sujeita e do desprezo a que a votam
muitos indígenas e as mais altas personalidades do Estado – Estado que temos
nesta hora de má sorte e de grande tormenta para a maioria dos cidadãos
portugueses.
Brasilino Godinho
em pleno átrio da Reitoria da Universidade de Aveiro que está frequentando
A
crónica que agora vos envio, em anexo, foi publicada em 23 de Fevereiro de 2006.
Nessa
altura foi dirigida aos portugueses e, sobretudo, aos professores.
Hoje
o propósito é o mesmo.
Mas
ouso exprimir um desejo: que a crónica chegue ao conhecimento do maior
número de cidadãos.
Claro
que julgo ser esta crónica merecedora da atenção dos professores; visto que
deles se espera que enfrentem com firmeza e perseverança a triste situação em
que se encontra a Língua Portuguesa. Também que deles venha apoio para a
cruzada que urge empreender em prol da nossa língua. Afinal (como escreveu
Fernando Pessoa: “A minha pátria é a língua portuguesa”) ela é a Pátria.
Perdida a Língua, Portugal deixa de existir.
Aliás,
não é por acaso que, no actual quadro de desgraça político/social, acontece o
abandalhamento da Língua e o desprezo que os governantes lhe dispensam. São
situações que, bastante negativamente, se complementam.
Com
os melhores cumprimentos.
Brasilino
Godinho
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