Promessa cumprida…
Passos Coelho regressou
ao seu “trabalho” comicieiro…
Brasilino Godinho
Para gravame dos nossos padecimentos colectivos,
ontem, dia 14 de Agosto de 2012, o chefe do PSD, Pedro Passos Coelho cumpriu a
promessa de regressar ao “trabalho” – o identitário trabalho comicieiro, da sua
especialidade operativa e distinta ocupação permanente. Uma e outra componentes
da sua corriqueira actividade de político caseiro que têm a ver com a de
vendedor de ilusões e de palrador compulsivo - facilmente confundidas com o
vozear de vulgar papagaio, importado da floresta amazónica. O que, afinal, se
constitui uma fatalidade! Que provoca muito ruído na comunicação social. E que,
infelizmente, nos atinge com violência e fragor.
O obstinado, incorrigível, governante apresentou-se no
comício em mangas de camisa, manifestamente disposto a desenvolver o seu
“trabalho” sem constrangimentos de indumentária, de ordem física ou de natureza
funcional. Também exercitando a ousadia na atitude e propósito, acrescida da insistência
no absurdo e desatino, que lhe são intrínsecas.
Apesar dessa sua inegável, perniciosa, especialização
laboral, a prestação foi frouxa e nem despertou grandes entusiasmos nas hostes.
Também factor negativo e preocupante: o anúncio, feito com singular
displicência, de mais gravosas medidas de austeridade; as quais, auguram
violentas fracturas e distorções no tecido social.
E, nota saliente, Passos Coelho houve-se de forma
totalmente irresponsável quando afirmou: “O próximo ano não será de recessão”.
Repare-se no disparate: quando todos os indicadores
apontam para a continuidade e agravamento da crise a vários níveis económicos,
financeiros e sociais em Portugal e num tempo em que na Europa se acentua o
clima de depressão, sem esquecer as tremendas dificuldades e ameaças que
atingem a Espanha e a Itália, com imediatos reflexos no nosso país; vir Pedro
Passos Coelho dizer que Portugal vai inverter a evolução dos dramáticos
acontecimentos da hora actual, só pode representar um total alheamento da situação,
uma grande irresponsabilidade, uma nefasta (deplorável) imaturidade política ou
uma acentuada incompetência.
Fim
0 Comentários:
Enviar um comentário
<< Página Principal