Um texto sem tabus…
"Esse livro não existe em Portugal"…
1 - Hoje venho falar-vos de uma situação insólita. Misteriosa. Indiciadora de maléficas artes de ocultismo e manipulação da opinião pública. Igualmente, "habilidades" reveladoras de sombrios envolvimentos dos terríveis poderes escondidos que dominam a nação portuguesa. Provavelmente, trata-se da conjugação de acções e interesses de obscuros agrupamentos…
2 - É que muitos cidadãos, nos últimos meses, ter-se-ão iludido quanto à existência de uma coisa bastante identificada com o nosso mundo lusíada actual: a obra "A QUINTA LUSITANA". Terão ouvido falar dela e julgado vê-la; quiçá, experimentado a sensação de a adquirirem para seus gozos pessoais. O produtor da tal "coisa" também se terá convencido da sua intervenção criativa, transposta na representação formal, objectiva. E não só pessoas lograram tais sensações. Os jornais citaram-na e alguns até a publicitaram; provavelmente, equivocados quanto à sua realidade… A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros tê-la-á incluído na sua base de dados e na lista de obras literárias editadas fornecida aos seus associados. Também processado o depósito legal nº. 217928/04 no Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Outras personagens quando acorreram às apresentações públicas do referido livro na Biblioteca Municipal de Aveiro e na Sociedade Portuguesa de Autores, em Lisboa, ter-se-ão deixado dominar pelas ilusões de óptica… Nem coisa, não a loisa. Tão-pouco os leitores da imprensa podem descartar a falta de atenção, a distorção e a facilidade da hipnose a que involuntariamente se sujeitaram. Depois, havia o suposto conhecimento do público acerca de uma empresa de Lisboa encarregue da distribuição dos livros por todo o País.
Deste modo, durante o ano 2005 - a crer na fonte que nos veio informar da descoberta de uma realidade que a todos passava despercebida - estivemos experimentando uma alucinação colectiva… Agora, por obra e (des)graça de magia ou maquiavelismo tudo aquilo percepcionado, dado como adquirido e mesmo realizado, situar-se-ia nos domínios do irreal. Verdadeiro, seria não existir o livro "A QUINTA LUSITANA". Afinal, um tudo feito de nada…
3 - Isto se depreende da indicação fornecida pelo gerente de uma conhecida livraria de Lisboa a um cidadão de Viseu, cliente interessado na compra de "A QUINTA LUSITANA", de minha autoria; a qual, dada em tom colérico, foi a seguinte: Esse livro não existe em Portugal! (Toma e embrulha, como diria o actor cómico Badaró… Repare-se na tónica: "não existe em Portugal". Sem esquecer o vigor da "certeza" da não existência do livro. Ou menosprezar as subentendidas repulsa e condenação da obra incómoda. Engraçado e sugestivo…).
Claro que o cidadão, interessado comprador da obra - que não me conhecendo pessoalmente teve a gentileza de, ontem, pelo telefone (e á semelhança do que outros interessados leitores fizeram anteriormente) me transmitir a ocorrência - esqueceu-se de observar ao desabrido gerente: Se "A QUINTA LUSITANA" não existe em Portugal onde encontrá-la?… Na China? Na Patagónia? Algures em África? No Japão? Talvez no Pentágono americano? Nas caves do Vaticano? Ou nos esconsos da sede da polícia secreta de Israel? Mas, lembrando-me de alguns procedimentos indecentes de que fui vítima, eu perguntaria: Os exemplares desse livro não existirão "confiscados e armazenados" nalguma sua conhecida "loja"?
4 - Aliás, o expediente de ocultar a obra, "A QUINTA LUSITANA", de dizer aos clientes que não é conhecida ou que não se encontra á venda (em vários casos com dezenas de exemplares colocados em depósito na arrecadação) vem constituindo prática abusiva e desonesta nalgumas livrarias de Aveiro, de Lisboa e do Porto.
5 - Descodificando o enunciado, num breve apontamento, deixamos ao público a informação das formas abjectas como em Portugal se continua a fazer censura nas editoras, nos estabelecimentos livreiros e, sobretudo, nos jornais de circulação nacional e nas televisões. Censura pior que a efectuada pelas comissões de censura dos tempos de Salazar. Porque oculta, cobarde e feita à sorrelfa. - o que é um profundo escândalo. E, suprema vergonha, (outrossim, refinada violação das normas da cidadania e dos princípios democráticos), dando cumprimento a orientações provenientes de organizações que privilegiam o secretismo, desenvolvem influências e exercem poderes ocultos que minam os alicerces da portugalidade e, sobremodo, redundam em prejuízo da sociedade portuguesa.
6 - Concluindo, verdadeiramente, não há uma única realidade; mas, sim, duas realidades:
- A primeira, de afirmação. Verdadeira. Tangível. A obra "A QUINTA LUSITANA" existe! É séria! É isenta! É Invulgar! Os seus exemplares estão espalhados por todo o País.
- A segunda, de negação. Sectária. Tosca. Primária. Ela expressa a condenação, formulada pelos directórios dos partidos, pelos mestres maçónicos e pelas hierarquias da Opus Dei, de "A QUINTA LUSITANA" ser "queimada" nas fogueiras do esquecimento. E porque, na actualidade, estas organizações não dispõem da sanha dos esbirros da Inquisição ou da prestimosa colaboração dos agentes da PIDE adveio a decisão drástica traduzida na imperiosa directiva: O livro não existe!
Contraponho: E quem disser o contrário? Afirmo: Certo que não mente! Porém, mostra não "ir à bola" com a complexa aliança formada pelas capelinhas, pelas irmandades, pelos aparelhos partidários e pelos clãs mais ou menos fraternos … O que é, admito, para as ditas e os cujos, uma grande chatice…
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