SINGULARES DESGRAÇAS DE PORTUGAL
Brasilino Godinho
03/08/2022
Portugal enferma de graves patologias; dir-se-á que endémicas e que cada vez mais se radicam, intensificam e põem em risco a própria sobrevivência do País – o quinto mais antigo da Europa.
Patologias que persistem há séculos e agora se representam como singulares desgraças, muito dolorosamente sentidas por milhões de portugueses e que, continuamente, se vêm avolumando ao compasso do tempo.
A primeira desgraça - entendida no sentido da extrema importância de nela se concentrar a génese, substância indutora e proliferação de todas as outras que se situam a jusante do seu posicionamento no tecido social - é a EDUCAÇÃO. Melhor dizendo: a falta dela na vivência quotidiana da nação portuguesa. Sobreleva a realidade de ela estar menosprezada, com quase nula aplicação no seio da sociedade. E desassociada do ENSINO que é ministrado nos sectores: primário, secundário e universitário. Aqui, neste ponto crucial, também de apontar o desprezo e anulação das aprendizagens das disciplinas de Filosofia e do Português nas instituições escolares. Disciplinas relevantes, imprescindíveis, na formação intelectual, no aprovisionamento cultural e fixação do discernimento da harmoniosa e correcta praxis do civismo, por parte das novas gerações.
Qualquer que seja a área a que apontemos foco deparam-se-nos cenários e ocorrências deprimentes; reflexas das enormes carências, múltiplas, várias, de larga abrangência, evidenciando a decadência do País e a degradação das condições de vida manifesta no seio da sociedade.
É muito vasta a lista das desgraças de Portugal. Outrossim, um negro quadro, por de mais conhecido, pressentido ou vivenciado pela maioria dos portugueses. Nem aqui se necessita de ser descrito em pormenor.
Por isso, como amostragem e referência emblemática, anotamos a cínica e revoltante disparidade entre a situação geral da degradação do tecido social (mais atingido pela sua prevalência) e os avultados, escandalosos, proventos e lucros das grandes empresas e dos respectivos administradores. O que é, deveras, repugnante e ofensivo da dignidade de imensos portugueses.
Daí que mencione a precaríssima situação inerente à dificílima sustentabilidade de sobrevivência dos idosos, dos funcionários, dos indivíduos mais carenciados de abrigo, de alimentação e de assistência médica; pois que se acentuam diariamente as dificuldades face ao contínuo agravamento das actuais restrições e constrangimentos; ele, associado/decorrente dos aumentos de custo dos bens essenciais, dos transportes, dos tratamentos sanitários, que são processados pelas empresas e entidades; os quais, desregulam o mercado em proveito próprio e dá azo a que os aludidos administradores, com despudor, se vangloriem dos elevados lucros apurados nos finais de semestres e de ano.
Há que tomar consciência da maldade e gravidade, manifestas em tal tipo de gestão administrativa, conexas com a desumanidade de bastantes administradores que exploram ao máximo o vulgar e empobrecido cidadão e a quem negam salário decente que lhe assegure digna qualidade de vida. O que implica, para todos os portugueses com sentimentos de justiça social e de fraternidade, uma impositiva atitude de repúdio e condenação extensiva aos governantes e políticos, pela indiferença, senão cumplicidade, por tais desvarios capitalistas, que vão manifestando ao longo dos seus mandatos de exercício em sede de Administração Pública.
NA ACTUALIDADE, OS INDECENTES E REPULSIVOS CONTRASTES:
- PORTUGAL, FALIDO, EM TRANSE DE DESGRAÇAS MUITAS.
- POVO, EMPOBRECIDO, CADA VEZ MAIS, SITIADO NUM ESTÁDIO AFLITIVO DE MISÉRIAS VÁRIAS.
- BANCOS, EMPRESAS E ADMINISTRADORES, OSTENTANDO LUCROS E PROVENTOS MILIONÁRIOS.
- UM INFERNO PARA O POVO, DESILUDIDO, FAMÉLICO E DE TANGA.
- UM OÁSIS DE BEM-AVENTURANÇAS PARA OS RICOS, PODEROSOS E “DONOS DISTO TUDO”.
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