TÍTULO E TEXTO PBLICADOS PELA “LUSA”

“Marcelo defende que democracia “precisa que se vá metendo golos”

Lisboa, 22 jun 2022 (Lusa) – O Presidente da República salientou hoje a importância de os portugueses conhecerem a história do movimento estudantil que antecedeu o 25 de Abril de 1974, defendendo que a “democracia precisa que se vá metendo golos diariamente.”

 

BRASILINO GODINHO COMENTA:

23/07/2022

 

Título e texto referente a uma marcelice que a Agência LUSA publica diariamente no seu sítio, desde 22 de Junho do corrente ano e mantém até hoje.

Trata-se de uma incongruência da fala do presidente Marcelo Rebelo de Sousa, acolhida pela agência nacional de notícias. Ela evidencia uma incrível desconformidade na fácil e primária generalização da orgia futebolística à política prosseguida na actual vigência da Partidocracia. Ela, também denotando a promiscuidade e entrelaçamento entre futebol e política à portuguesa usança.

Impressiona a incrível difusão que a “LUSA” lhe vem promovendo. Nunca, em Portugal, terá acontecido coisa igual.

Outro aspecto do citado acto incongruente da linguagem oral de Sua Excelência, é a implícita ideia de que “os portugueses conhecerem a história do movimento estudantil que antecedeu o 25 de Abril de 1974”, significa que a democracia vai beneficiando dos golos que são metidos diariamente…

Caso intrigante para apurar: Quem os mete? Onde? De que espécie de formulação? Quais especialistas da respectiva arte estão disponíveis para a tarefa que lhes é atribuída? Ou o presidente julga que tal arte está ao alcance de todos os “democráticos”? Por desventura histórica o “movimento estudantil” é, agora, causa da “democracia portuguesa” necessitar dos golos a que se refere a fértil, fantasiosa, imaginação da presidencial figura? Como e com que base científica se baseou o presidente Marcelo, professor de Cursos de Direito, sem formação futebolística(…), para chegar a tão estrambólica conclusão?

Afinal de que natureza é a chamada “democracia portuguesa” que precisa afirmar-se remetendo-se à resignação de depender do apoio futebolístico de uns tantos fanáticos do futebol?

Enfim, uma charada, ao habitual estilo marcelino, de todo tamanho, plena de absurda caracterização e nula objectividade.

E assim é feita demonstração da degradação sociocultural da sociedade portuguesa de que fazem emblemático alarde e nefasta prática quotidiana os detentores do Poder, em Portugal.