MAIS UM EPISÓDIO DE SUBSERVIÊNCIA
À MONARQUIA FELIPINA DE ESPANHA
Brasilino Godinho
30/09/2021
Na p.p. segunda-feira, 27 de Setembro de 2021, em Lisboa, sede da Fundação Champalimaud, foi inaugurado o Centro Botton-Champalimaud, consagrado à pesquisa científica e de tratamento do cancro do pâncreas.
Uma revista de Lisboa noticiou que o referido centro fora inaugurado pelos Reis de Espanha Felipe VI e Letícia, com presença dos presidentes da República Portuguesa, Assembleia da República e Primeiro-Ministro.
Como português estou indignado! Sinto-me deveras incomodado, perante mais uma acintosa manifestação de subserviência à monarquia espanhola.
Vem a Portugal e à sua capital o Rei Felipe VI inaugurar um centro de medicina, integrante de uma fundação portuguesa, como se estivesse de passagem em visita inaugural a território e instituição castelhana, fazendo-se acompanhar das supremas autoridades nativas da região integrante do Estado de Espanha.
Hei por obrigação patriótica formular algumas observações e perguntas:
O facto de oficialmente constar que o casal espanhol Maurizio e Charlote Botton teriam doado 50 milhões de euros, porventura determinava a presença das criaturas reinantes de Espanha?
Tal circunstância faz desconfiar que o donativo teve proveniência da realeza felipina e que o casal Botton terá sido mero testa-de-ferro.
Aliás, estranha-se que a Fundação Champalimaud tão rica de meios financeiros se encontre carecida dos 50 milhões de euros coloridos com a cor espanhola.
Para mais acentuar a natureza confrangedora de subalternidade da participação portuguesa no evento celebrado à espanholada configuração, o presidente Marcelo iniciou a sua intervenção oral em língua espanhola como se fosse o dirigente máximo de uma colónia ou região autónoma de Espanha.
Incrível! Revoltante!
Por tudo que tem sido lesivo do supremo interesse e dignidade de Portugal deduzo que qualquer dia somos surpreendidos com uma romagem de Felipe VI à cidade de Tomar, onde se celebraram as Cortes de aclamação do seu antecessor Felipe II, como Rei Filipe I de Portugal e em cujo Convento de Cristo ele será contemplado com cerimónia evocativa dessa desgraçada submissão dos poderosos de Portugal – uma coisa e outra, certamente promovidas pelas incríveis entidades que dominam a nação portuguesa.
É mesmo o que - neste tempo de desvario político e de desgraceira nacional - falta concretizar pelos dirigentes do País, com a desvergonha e falta de sentido patriótico que se tornou habitual.
Nota importante: Enquanto a monarquia filipina de Espanha não cumprir a determinação do Tratado de Viena, de 1815, de devolver Olivença à soberania de Portugal, não se admitem relações cordiais com os monarcas de Espanha, nem semelhantes atitudes de indecência nacional e menos ainda de inadmissíveis subserviência e bajulação; pois que elas traduzem actos repelentes de lesa-Pátria a merecerem condenação inequívoca do povo português e da Justiça (nacional e internacional).
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