Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

quinta-feira, abril 15, 2021

 

NESTE DIA

Há 1 ano

15 de Abril de 2021

 

NUM PAÍS QUE É VIVEIRO DE VÍRUS

MAIS UM PARA INFERNIZAR A VIDA

 

Brasilino Godinho

 

01. A maioria dos portugueses não tem a percepção do verdadeiro estado sanitário do país que é crónico, de ancestrais precedentes, que se agravou no século XX e neste nosso tempo atingiu o paroxismo aterrador com o surto da pandemia Covid-19. Diria mesmo que estamos num tempo climatérico que se prenuncia como de últimos paroxismos.

02. Sem muito recuar no espaço temporal e focando as décadas do Estado Novo os portugueses acomodaram-se à convivência diária com três vírus: fado, fátima e futebol; quais estupefacientes que lhes foram corroendo a pouca imunidade e a fraca destreza de espírito de que estavam possuídos e os infectou de forma determinante e bastante ostensiva das patologias do sonambulismo, da apatia, do conformismo, do analfabetismo e do fanatismo que dir-se-ia gregário – o que, manifestamente, se traduzia no desacerto e ou inoperância com que enfrentavam as agruras da vida e as opressões a que se submetiam com alguma ligeireza de ânimo.

Nessa altura emergiu uma classe de possidentes que foi radicando posições de mando e de domínio do território nacional a tal extremo ponto que o transformou numa sua quinta: QUINTA LUSITANA – por mim assim designada.

03. Em 1974 eclodiu a “Revolução dos Cravos. Então a classe de possidentes que, em data mais ou menos recente, foi denominada de “DONOS DISTO TUDO”, sofreu um abanão que a deixou em transe. Um abalo de que poucos anos decorridos se recompôs. E de que maneira!

Hoje, essa gente tem um enorme poder – inteiramente conexado com a expressão que lhes confere significação semântica “DONOS DISTO TUDO” - que é tão abrangente, profundo e algo arrasador do tecido social que, neste aspecto, se assemelha ao ímpeto mortífero do vírus corona.

04. Chegado a este ponto de referência letal, não devo omitir: quer o surgimento do vírus da partidocracia que tem sido muito nocivo no que concerne à decadência sistemática da Nação e ao empobrecimento de inúmeros portugueses; quer as mortes causadas pela abominável austeridade de data não muito recuada e que teve como mentores e instigadores os “DONOS DISTO TUDO” que na sombra, como é de seu hábito, manejaram os cordelinhos com que foram ”enforcados” inúmeros cidadãos portugueses.

05. Na actualidade, de terrível virulência pneumónica e como se não bastassem as patologias e os vírus acima citados (pontos n.ºs 02 e o4) a Covid-19 veio dar alento a negócios desses herdeiros senhoris; não obstante o facto de que, sentindo-se ameaçados, se refugiem em iates e aposentos bunkers de luxo, convencidos que estarão imunes de contágio do vírus.

06. Das declarações de Christine Lagarde e do deputado Peixoto, do PSD, da Guarda, de triste figura e adorno da peste parlamentar, feitas meses antes de surgir o vírus corona, não nos devemos alhear. A senhora disse que os velhos eram um perigo latente para a economia e que urgia inverter esse perigo. O deputado foi incisivo; “ é preciso acabar com a “peste grisalha”.

O presidente Trump acaba de anunciar que os Estados Unidos deixam de comparticipar financeiramente a Organização Mundial de Saúde – o que trará reflexos muito negativos no combate contra a Covid-19 a nível mundial.

No instante que escrevo Trump acaba de ser acusado de crime contra a humanidade. Justa acusação!

Face ao que está acontecendo a nível local e mundial isto nada diz ou incomoda as pessoas em Portugal?

07. Na capital alfacinha, o chefe do Governo vai dizendo que para o mês que vem serão reatadas algumas actividades e reabertas as escolas.

Sua excelência não está com os pés bem assentes no terreno e nele mal pisa, denotando bastante ligeireza nessa locomoção. Seguramente por aquilo que se vai conhecendo do potencial de disseminação do vírus corona e das suas características, nada permite admitir que a situação da pandemia em Maio proporcione condições de mínima segurança aos cidadãos. E assim sendo, abrandar as medidas de contenção da patologia, que é muitíssimo perigosa e mortífera, afigura-se como uma descabida, muito arriscada e algo leviana, opção do governo. Primeiro que tudo é imprescindível regredir acentuadamente os números de infectados e circunscrever a mortandade a escassos dígitos.

Aliás, nem os médicos especialistas de epidemiologia arriscam dar palpites sobre a evolução da pandemia em Portugal.

08. Por outro lado, o que tem sido o rol de contraditórias previsões e precárias actuações funcionais das duas senhoras vedetas da Televisão, no domínio do combate à Covid-19, não facilita a assumpção de credibilidade ao palavreado que vão debitando frente às câmaras televisivas.

Impõe-se manter a vigência das medidas de contenção e isolamento, reforçadas com o uso de máscaras generalizado a toda a população; conforme estão insistentemente recomendando a Ordem e os Sindicatos dos Médicos.

Há que não cair na tentação de aliviar as determinantes medidas de contraposição à Covid-19, cedendo à ideia, ocasionalmente, decorrente de se observar uma eliminação aparente do vírus.

Aliás, o distanciamento social pode ser necessário até 2022, segundo estudo da Universidade de Harvard, hoje publicado nos Estados Unidos da América.

09. Prosseguir com a manutenção e a recomendada operacionalidade das medidas em curso associadas a outras mais objectivas a implementar no imediato, é o procedimento mais racional, sensato e ausceptível de se alcançarem melhores, rápidos e consolidados, resultados na guerra em curso. Previsível que com tal orientação não se entraria numa incontrolável sequência de períodos, alternando melhorias situacionais com ressurgimentos e intensivos agravamentos da pandemia.

PREVENIR É MELHOR QUE REMEDIAR.

Precisamente, um ditame que tem falhado em toda a linha nas intervenções da portuguesa Direcção Geral de Saúde (DGS).