BRASILINO GODINHO
A PROMESSA INSÓLITA E CUMPRIDA
O PERCURSO DE VIDA MULTIFACETADO
A CANDIDATURA INVULGAR
03-03-2019
Aos 16 anos (1947), a quando da conclusão do meu Curso Industrial
de Serralharia Mecânica, (classificado com 13 valores, para o qual não tinha
mínima vocação e que detestava a tal ponto que ainda hoje tenho repugnância em
efectuar trabalhos manuais), ministrado na Escola Industrial e Comercial Jácome
Ratton, na cidade de Tomar, dois colegas quiseram, à viva força, que na mata
Nacional dos Sete Montes, da cidade Templária, tirasse foto com o traje
académico da Universidade de Coimbra. Depois de muito instado, com a maior
relutância, acedi – porém, naquele instante da fotografia, prometi, a mim mesmo,
que um dia haveria de envergar o traje académico, usufruindo do pleno direito a
seu uso. Decorridos 61 anos cumpri a promessa que, sem alarde e bazófia, fizera
intimamente. Um meu compromisso tardiamente cumprido pela razão de as
contingências e prioridades da vida pessoal e familiar e a primordial educação
de dois filhos - que se formaram em engenharia civil e cujos custos escolares,
alojamento e alimentação, foram totalmente suportados pelo pai (por sinal,
recorrendo unicamente aos limitados rendimentos decorrentes das minhas
actividades profissionais) - assim o impuseram.
Daí, que tenha iniciado a 20 de Outubro de 2008, aos 77 anos
de idade, um percurso universitário de 8 anos, pautado por frequências assíduas
de todas as disciplinas curriculares e sem recurso a expedientes e a equivalências.
Outrossim, com boas classificações que me creditaram como bom aluno das
Universidades de Aveiro e do Minho.
Terminado o percurso universitário, ao fim de 8 anos, fiquei
enriquecido com dois graus universitários, em Humanidades: Licenciatura em
Línguas, Literaturas e Culturas (Ramo de Português e Espanhol), com a
classificação final de 15 valores e Doutoramento em Estudos Culturais, com
aprovação unânime do júri do respectivo acto doutoral; o qual, teve lugar na
Sala dos Actos Académicos, edifício da Reitoria da Universidade de Aveiro.
Por tudo o que fica exposto nos precedentes parágrafos e o
mais que, facilmente, se intui, sinto-me apto a bem continuar a desenvolver
actividades profícuas em prol do povo de que faço parte. Como seriam, as
inerentes à qualidade de deputado da Nação; a que há dias me propus candidatar.
Mas, sobretudo, revejo-me muito feliz no meu passado de
trabalhador, de funcionário público (autarquias e do Estado), de autodidacta,
de “engenheiro” rodoviário (sem frequência de qualquer curso de engenharia
civil) de cronista sociopolítico, de escritor (com 5 obras publicadas) e de
académico (Licenciado e Doutor).
Igualmente, aqui inscrevo o registo de, actualmente, estar
possuído de um estado de alma confortada e contemplando-me nas aliciantes
actividades de cronista, de escritor e de atento cidadão empenhado em exercer plenamente
todos os seus inalienáveis direitos de cidadania, em consonância com as obrigações
de natureza cívica.
Sintetizando: embora latente a tristeza pelo estado de viuvez
da mulher mui amada, vivo relativamente feliz e orgulhoso por tudo quanto
realizei e hei alcançado com persistência e denodados esforços, no transcurso
da minha prolongada e multifacetada vida.
Eis a foto!
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