BRASILINO
GODINHO
188.
APONTAMENTO
01 de Dezembro de 2018
DIA DA RESTAURAÇÃO
UM DIA DE REFLEXÃO
Hoje, no dia da Restauração da
Independência Nacional impõe-se, como impreterível, o dever patriótico de reflectir
sobre Portugal.
Aqui e agora faço uma imprescindível,
breve, reflexão.
No dia 1 de Dezembro de 1640
Portugal readquiriu a independência, graças ao êxito da revolta desencadeada
por um grupo de patriotas.
Não tem sido fácil a existência
do País. Muito por culpa dos governos monárquicos que se seguiram, E a partir
de 05 de Outubro de 1910 (data da proclamação da República) até agora, dos
sucessivos executivos republicanos. Uns e outros, aparentando governarem, têm
sido fautores da desgovernação e do descalabro da nação portuguesa.
De realçar, neste dia, a nefasta
particularidade de a maioria dos governantes e políticos que têm estado ao leme
da embarcação pátria, se distinguiram não só pela sua ineficácia governativa,
mas, também, pelo comportamento antipatriótico de não zelarem pelos superiores interesses
do Estado e pela preservação: quer da dignidade de Portugal; quer da honra da
Nação Portuguesa.
Emblemática de tal atitude lesa-Pátria
está a subserviência dos governantes portugueses perante a Monarquia de Espanha;
a qual, obrigada por sentença decorrente do Tratado de Viena de 1815, a
devolver Olivença à soberania de Portugal, não o fez até hoje; beneficiando da
conivência e cobardia dos políticos portugueses. Cobardia assinalada, com
pesporrência, pelo general Francisco Franco, já em leito de morte. Diga-se, de
passagem, que do general Franco, chefe do Estado espanhol, os dirigentes
políticos portugueses receberam a classificação de cobardes que mereciam, e em
consonância com a natureza da experiência franquista de relacionamento com os nossos
titulares da governança nacional. É triste concordar com o falecido dirigente
espanhol. Mas, a realidade não pode ser olvidada ou escamoteada; menos ainda,
falseada.
Nesta oportunidade, vale a pena
assinalar que, em situação semelhante, a Espanha (regularmente, com
persistência e sentido patriótico) reclama do Reino Unido a devolução de
Gibraltar. Neste caso, felicite-se a Espanha porque tem tido governantes que
são devotados à pátria espanhola e a dignificam perante a comunidade
internacional.
Infelizmente os governantes
portugueses têm sido tão rasteiros e bajuladores, inaptos e cobardes, que
fingem ignorar o exemplo vindo dos homólogos do Estado vizinho, sempre pugnando
pela posse de Gibraltar.
Esta é a reflexão principal que
deve ser feita neste dia memorável; o qual, talvez tenha sido o derradeiro em
que marcaram existência e objectividade verdadeiros patriotas investidos em
altas funções do Estado português.
O que traduz que em Portugal, ao
compasso do tempo, gente incapaz e intelectualmente
desonesta, vem tomando de assalto, em vagas sucessivas, a GOVERNAÇÃO e a
POLÍTICA, subvertendo-as e arrastando-as para um vergonhoso pântano, com
escandalosas passagens pelas ruas das grandes amarguras colectivas e individuais
da grei portuguesa.
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