Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sábado, dezembro 01, 2018



BRASILINO GODINHO
187. APONTAMENTO 
30 de Novembro de 2018

SINTOMÁTICO
DE UMA DESGRAÇA NACIONAL

Rezam as crónicas de bem iludir os indígenas portugueses e de pior os maltratar que a Assembleia da República é a assembleia representativa de todos os cidadãos portugueses.
Tais crónicas recolhem esta definição do ARTIGO 147.º, da CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA.
Trata-se de ficção! Que, infelizmente, o povo absorve como realidade. Com todas as más consequências manifestadas no dia-a-dia no patético e tenebroso pântano onde assenta o circo político de Portugal
Pois que se na verdade a Assembleia representa, de forma abrangente, todos os grupos de indivíduos malfeitores, vigaristas, exploradores sem escrúpulos, oportunistas desavergonhados e audazes criminosos de colarinho branco, existentes na sociedade portuguesa; também os cidadãos íntegros estão no Palácio de S. Bento minimamente representados por um número reduzido de pessoas que são dignas e respeitáveis (conheço algumas, de ambos os sexos; por quem tenho grande consideração). Só que, em número e poder de influência, são suplantados pelos activos agentes do mal.
Mas para além desse mal de nefasta configuração anatómica, de desconformidade moral e de violência cívica, enraizado no palácio de S. Bento, acontece que a própria Assembleia, per se e sua plena composição de bastantes agentes de tudo que prejudica e maltrata o próximo, fere e incomoda o desprevenido cidadão, renega esse preceito (de representatividade) dela própria, na medida em que não assegura a representação e defesa de direitos de todos os cidadãos portugueses, sem discriminações de qualquer espécie.
Por exemplo: no seio da Assembleia da República não tem havido lugar para representantes de um sector da população marginalizado, desprezado e regularmente atingido na sua dignidade – o dos cidadãos idosos.
Na Assembleia nunca se discute a problemática da terceira idade.
É muito estranho que nenhum deputado questione o Governo quanto ao incumprimento das medidas estipuladas na DECLARAÇÃO UNIVERSAL DE LISBOA, DE 22 DE SETEMBRO DE 2017, SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS IDOSAS. Declaração subscrita por governantes de 50 países, entre os quais o ministro da Segurança Social, Vieira da Silva, do Governo de Portugal – Governo que, desde então, se vem revelando como o patinho feio que deslustra a CONVENÇÃO e a DECLARAÇÃO UNIVERSAL DE LISBOA, feita na cidade alfacinha sob a égide das Nações Unidas.
No entanto, uma vez, há poucos anos, na Assembleia da República, um deputado do PSD cometeu a brilhante façanha de falar dos idosos. Em sua representação? Para advogar a sua causa? Para debater e verberar o desprezo a que têm sido votados? Para pressionar o Governo a adoptar uma política de defesa e protecção dos idosos e de lhes assegurar condições de dignidade e de oportunidade para participarem activamente na vida comunitária com recurso e aplicação das suas faculdades de alma, dos seus conhecimentos e de suas experiências de vida? Para condenar o imenso desperdício da riqueza de massa cinzenta que tem sido ignorada e inaproveitada?
Para, finalmente, instar o Governo a abreviar o tempo de aproveitamento de tão grande riqueza em prol do progresso do país e da melhoria das condições de vida do povo português?
Nicles de bitocles!
O deputado alaranjado, fantasioso representante do povo contribuinte - e este e os idosos, afinal, forçados e esforçados pagantes das suas mordomias palacianas de S. Bento - subiu à tribuna da Assembleia da República para insultar os idosos, ao classificá-los como “peste grisalha”. Não constou que algum deputado, de imediato, tivesse lavrado protesto e assumisse a defesa da honra e dignidade de qualquer pessoa idosa, tão vilmente maltratada. E cobardemente – visto que atacou pelas costas, dado o facto de os idosos não terem qualquer representação no hemiciclo parlamentar. Para agravar as coisas e dar nota de relevo do desprezo da Assembleia da República pela terceira idade, nem o presidente da Assembleia meteu na ordem a perversa criatura que abanca à mesa do Orçamento, lhe retirou o uso da palavra, sequer condenando o indecente procedimento.
Todavia, a malévola intervenção da criatura parlamentar teve a utilidade de evidenciar urbi et orbi que ela era uma peste parlamentar e, por arrastamento, a Assembleia que o acolhia também era um foco de peste parlamentar.

Enfim, com a discussão e aprovação do ORÇAMENTO, mais uma vez se mostrou â nação que nem Governo, nem a Assembleia da República, dispensam qualquer atenção às pessoas idosas e à problemática que lhes está associada.

Atentem os leitores idosos que dessa gente e dos partidos só recebem atenções durante as campanhas eleitorais efectuadas porta-a-porta e durante as visitas que eles e elas, políticos de vãos de escada e beijoqueiros nas feiras e mercados, fazem aos lares onde estais recolhidos. Nessas alturas. recebam-nos com muitos vivas, abraços e beijinhos. E depois, despeçam-se deles e delas com manguitos de fervorosa repugnância. Por que talvez seja esta a forma cínica e eficaz de retribuírem as desatenções e agravos acintosamente recebidos durante o intervalo de quatro anos da legislatura.
E não estranhem se houver alguns vossos parceiros que, compenetrados de masoquismo, digam aos políticos em trânsito de campanha eleitoral: “Quanto mais nos batem, mais gostamos de vocês”…
O que fica escrito nos dois antecedentes parágrafos, será levado à conta e benefício de “A bem da Nação”: dos impostores, de toda a casta de exploradores e dos intocáveis portugueses de 1.ª classe, que se atribuíram a si mesmos a desonesta e abusiva prerrogativa de serem os donos disto tudo.