BRASILINO
GODINHO
185.
APONTAMENTO
28 de Novembro de 2018
PALÁCIO DE S. BENTO
CASA DOS PRODÍGIOS
Estão-se dissipando as dúvidas
que ainda prevaleciam nalguns sectores da sociedade portuguesa, quanto à
caracterização do Palácio de S. Bento, sede da Assembleia da República e de,
por si mesma, ela ser uma nova atracção turística de Lisboa.
Uma caracterização, semelhante à
do vinho do Porto, que à cadência dos anos mais se valoriza.
A caracterização assenta no facto
plenamente reconhecido, de a Assembleia da República ser um espaço de eleição
onde se praticam com regularidade fantásticos actos de prestidigitação e,
também, local de refúgio dos grandes e ilustres artistas do atraente circo
político.
E para além do que são os quotidianos
hábitos mágicos da majestosa mansão basta referir - como se fossem seus cartazes
emblemáticos - as célebres viagens de vários dos seus ocupantes oficiais
efectuadas por distantes paragens do globo terrestre, sem saírem de Lisboa.
Também, acontecimento prodigioso
foi aquele do deputado Feliciano Barreiras Duarte, do PSD, que – há um dia - estando
ausente do Palácio de S. Bento, conseguiu votar contra o Orçamento do Estado.
Se o feito é extraordinário,
naturalmente que praticado pelo tão grande artista não causa estranheza. Ele já
habituou o público a apreciar as suas proezas. Na memória de muitos portugueses
está a célebre façanha de ter frequentado como visiting scholar a Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos,
sem lá ter posto os pés e nem sequer haver qualquer registo de contacto com a
instituição norte-americana – como foi largamente noticiado nos órgãos de
Comunicação Social.
Ora tais actividades de superior
prestidigitação circense, que vão sucedendo sob a égide da Assembleia da Republica,
relevam de grande importância nos domínios da arte da impostura e per se constituem uma aberrante atracção
turística que tem adeptos e apreciadores.
Decerto que apesar do aspecto negativo e delituoso da actividade aqui comentada, deve reconhecer-se o préstimo da mesma como factor de atracção turística centrado no Palácio de S. Bento; o qual, cada vez mais, creditando-se como Templo da Hipocrisia institucionalizada e plateau circense onde se praticam invulgares actos de magia e de malabarismo. E dando a impressão de estar lançado em diabolizada competição com o Moulin Rouge, de Paris.
Decerto que apesar do aspecto negativo e delituoso da actividade aqui comentada, deve reconhecer-se o préstimo da mesma como factor de atracção turística centrado no Palácio de S. Bento; o qual, cada vez mais, creditando-se como Templo da Hipocrisia institucionalizada e plateau circense onde se praticam invulgares actos de magia e de malabarismo. E dando a impressão de estar lançado em diabolizada competição com o Moulin Rouge, de Paris.
0 Comentários:
Enviar um comentário
<< Página Principal