BRASILINO
GODINHO
193.
APONTAMENTO
22 de Janeiro de 2019
SOMA E SEGUE A PALERMICE…
Há três dias o Jornal Económico inseriu uma extensa
reportagem sobre um empresário português que, sem papas na língua, deu informações
de pasmar: está construindo um número impressionante de hotéis e
empreendimentos turísticos de luxo em diversos locais do país. Sobretudo, no
Algarve. Tudo mencionado ao pormenor foi coisa que deixou estupefacto o vulgar indígena.
E sendo este nativo de um Portugal em confrangedor estado de tanga e de muita
miséria espalhada; de imensas carências de meios financeiros nos cofres da
Fazenda Nacional e da Banca; de avantajado número de pessoas com as bolsas
vazias de materiais sonantes com que se comprariam melões para lhes matar a
fome; pasma-se que haja um cidadão português possuidor de muitos milhões de
euros que, pelo que diz, quase se diverte a aplicar tão profusamente os
capitais. Inevitavelmente ao incauto cidadão anónimo surge a curiosidade e a
correlativa pergunta: onde vai aquela criatura arranjar tantíssima massa?
Este comentário vem a propósito de mais um disparate
com que se acaba de enriquecer o vergonhoso arquivo da parvoíce nacional. Disparate
que vimo--lo citado nos jornais e o ouvimos nas televisões. Veja-se o mimo: Algarve
é a Côte d’Azur portuguesa. Fica a fazer parelha com a patética designação de
Aveiro como a Veneza portuguesa. Bem podem, uns e outros que se contemplam
nessas anormalidades linguísticas, limpar as mãos à parede.
Não poderiam ser mais assertivos na demonstração de
uma idiotia de todo o tamanho.
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