A IGREJA COMO FAUTOR DE HIPOCRISIA
Brasilino Godinho
21/03/2023
Dou conhecimento aos meus leitores e amigos que hoje estou escrevendo uma crónica em que o foco é sobre a Igreja Católica, a propósito da pedofilia dos padres, bispos e cardeais. Provavelmente, será a peça escrita mais contundente de Brasilino Godinho e que suscitará grande controversa no sector conservador da sociedade portuguesa. Mas entendo que devo expressar o meu pensamento e o meu profundo repúdio por tal situação. Será uma prestação de um dever cívico; que se contrapõe à hipocrisia reinante em Portugal.
A Igreja Católica é uma instituição instalada em inúmeros países, à escala universal. A chamada cultura ocidental teve nela a matriz institucional. Estaria predestinada a ser a Reserva Moral da Nação Portuguesa. Infelizmente não é, pela má conduta de inúmeros membros da Igreja Católica.
A degradação moral que existe dispersa pelo mundo eclesiástico é de tal abrangência que dir-se-ia ser ele uma associação universal de malfeitores que tudo fazem para disfarçarem essa condição – o que per se é uma manifestação de hipocrisia funcional e aberrante.
Mas também, ao longo dos tempos nela foi prevalecendo uma sucessão de práticas condenáveis de perseguição e de crimes que tiveram maior expressão com a Inquisição – o terrível Tribunal do Santo Ofício.
No tempo actual são conhecidos os crimes de pedofilia praticados pelos padres, bispos e cardeais, na Europa, Américas, Ásia, África. Por todos os lugares onde a instituição se encontra acontecem as violações de crianças e as tentativas de encobrimento dos crimes por parte da hierarquia religiosa.
Reitero: Dada a dimensão da tragédia que está demasiado expandida será caso para se classificar a Religião Católica como uma instituição de malfeitores. Na Igreja se concentra e dela irradia a hipocrisia vigente no País. Começa pela própria condição de clérigo que está obrigado a ser modelo de virtudes e de praticante da castidade que quase todos renegam; pois sabe-se que a maioria tem governantas com as quais se relacionam sexualmente.
E dessa circunstância pecaminosa fingem não se darem conta os fiéis e a sociedade, distraídos que andam com a pedofilia e as diferentes formas encobridoras da hierarquia religiosa.
A sociedade portuguesa tem de ser muito rigorosa na condenação dos padres, bispos e cardeais, que praticam vários crimes de diferentes naturezas. Pois que são um péssimo exemplo e contribuem para o predomínio da hipocrisia, do cinismo, da criminalidade e da corrupção, que está minando os alicerces da Nação.
É necessário acabar com a impunidade dos clérigos sempre que se contemple a apreciação sobre a hipocrisia, o cinismo, a corrupção e o crime, que se manifestam no quotidiano de Portugal.
Até porque, actualmente, tem-se a impressão de que a aproximação a um padre se reveste de algum risco comprometedor do bom nome; principalmente, convém afastar dele as crianças.
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