Leitor,
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SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

domingo, janeiro 26, 2020


HIPOCRISIA - SUBSTÃNCIA NOCIVA
DA VIVÊNCIA COMUNITÁRIA
É UM TRAÇO DOMINANTE NA
CARACTERIZAÇÃO DA SOCIEDADE
26/Janeiro/2020

Brasilino Godinho

01. Em Portugal, neste tempo tão conturbado de sobressaltos, desvarios, infortúnios, conflitos, vícios, temores, descrenças, imoralidades, explorações, desigualdades, incertezas, crimes e ilegalidades; a substância que é deletéria base comum da vivência comunitária e traço dominante na caracterização da sociedade é a HIPOCRISIA.
A definição que pelo Dicionário lhe está dada é a seguinte:
HIPOCRISIA – Fingimento de qualidades, princípios, ideias ou sentimentos que não se possuem; falsidade.
02. A hipocrisia - tenha-se consciência que corrompe, desmoraliza e é extremamente pecaminosa e ofensiva da dignidade do cidadão que dela seja vítima - encontra-se enraizada na Nação portuguesa. Acontece que tem adeptos ferrenhos e patrocínios a diversos níveis da sociedade.
Desde logo, nas instituições mais importantes ou ancestrais, com destaque: no Estado, confinado/absorvido na Maçónica República Portuguesa; na Opus Dei; e na Igreja. Instituições que mantém largo predomínio e influência na sociedade portuguesa.
No Estado, melhor expressando: Maçónica República Portuguesa, ela é evidenciada pelo teor da Constituição que, no respectivo articulado, insere várias formulações: quer de claro ou subentendido fingimento de princípios, quer de equívocas ideias.
Realce para os ARTIGOS 1.º e 2.º.
ARTIGO 1.º
Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária (sublinhado de Brasilino Godinho).
ARTIGO 2.º
A República Portuguesa é um Estado de direito democrático, baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e organização política democráticas e no respeito e na garantia de efectivação dos direitos e liberdades fundamentais, que tem por objectivo a realização da democracia económica, social e cultural e o aprofundamento da democracia participativa.
O3. Antes de mais e como preâmbulo das considerações várias que vou desenvolver, chamo a atenção do leitor para o impressionante cuidado do legislador e a sagaz prevenção da Constituição (não fosse o Diabo tecer as suas malévolas intenções e intrigas), ao informar que o documento Carta Constitucional da República Portuguesa não se aplica a pessoas não humanas (os extra-terrestres que se cuidem e façam, enquanto tiverem tempo, seguros de vida – se é que para eles está dirigida a solene advertência…).
04. A vigente terceira portuguesa República maçónica cita na Constituição a ”democracia participativa”; denotando parecença ou alternância com a “democracia orgânica” da segunda República maçónica, dirigida pelo maçon António de Oliveira Salazar; ela, participada pelos homens bons identificados com a doutrina salazarista, por sinal, de inspiração conectada com as normas e os preceitos cultivados na “Loja Revolta” de Coimbra, do tempo do distinto médico, grão-mestre, Bissaya Barreto, que desenvolveu uma meritória actividade de assistência materna-infantil, envolvendo e criação de casas das crianças, na zona centro do País e que, durante alguns anos, foi médico assistente do seu amigo e irnão fraterno António Oliveira Salazar – o qual, no meio da fraternidade dos pedreiros livres, era apelidado de Pombal.
05. Escrito isto, vejamos a Hipocrisia, expressa na Constituição, em letra de forma:
- No ArRTIGO 1.º
Portugal não é uma República soberana. Pela razão de que ela está subordinada aos credores, nomeadamente ao Fundo Monetário Internacional, ao Banco Europeu e no quadro da União Europeu - Portugal lhe está subordinado a título de integração institucional.
A República vigente, tal como funciona, descompromete-se com a dignidade da pessoa – “pessoa humana” é expressão linguística afectada de incongruência semântica inadmissível na Constituição da República; mas que de, certo modo, denota a ligeireza com que foi elaborada e vem sendo sucessivamente alterada; o que aqui me cumpre assinalar, para melhor se apreenderem as suas carências, irregularidades e desvirtuações da desejável harmonia, a prevalecer na Nação portuguesa. 
- No ARTIGO 2,º
Por outro lado, a República não funciona baseada na vontade popular porque está sujeita a um sistema ditatorial de PARTIDOCRACIA elevado ao extremo de perversidade e nem dá mínimos sinais de se empenhar “na construção de uma “sociedade livre, justa e solidária.” Pelo contrário, evidencia um rumo de bloqueio dessa construção e de obstinada rejeição de tal “sociedade: livre, justa, solidária” – completamente incompatível com uma situação de corrupção, clientelismo, injustiça e de domínio e exploração por parte dos grandes “donos disto tudo”.
Também a República demonstra no quotidiano não ser um Estado de direito que dir-se-á ser nitidamente torto; visto que a Justiça é irregularmente administrada consoante as identidades das instituições e dos cidadãos; estes, implicitamente diferenciados em categorias sociais correspondentes aos seus níveis de rendimentos ou de poder de influência junto das instâncias oficiais.
06. Outrossim, a República maçónica - que o vulgar cidadão luso tem a chagar-lhe a paciência - não acolhe a soberania popular pela razão de que são os partidos que se reservam a prerrogativa de entre si escolherem os deputados que pretensamente representam o povo; quando, afinal, representam o partido e perante ele estão obrigados a cumprir as determinações que recebem dos chefes.
Mais: a actual portuguesa república maçónica, à semelhança da segunda portuguesa república maçónica, chefiada pelo maçon António Oliveira Salazar, neste nosso conturbado tempo, não garante a efectivação dos direitos e liberdades fundamentais e o objectivo da realização da democracia económica, social e cultural. Ela, na definição que lhe é consagrada na Constituição, não passa de uma visão utópica algo inexpressiva na sua configuração semântica que pouco acrescenta de caracterização formal e inequívoca da DEMOCRACIA – que é: GOVERNO DO POVO, PELO POVO E PARA O POVO! Logo, “branco é, galinha o põe”, a DEMOCRACIA, dispensa em absoluto: quer adjectivações falaciosas obtusas e obstrutivas; quer as tutelas parcialmente compartilhadas pela Maçonaria e Opus Dei.
 07. Quanto ao “aprofundamento da democracia participativa” apontado na última linha, do Artigo 2.º, da Constituição da República Portuguesa, é uma proposição que nos faria rir se não fosse uma deplorável formulação de nítido cinismo e repugnante hipocrisia.
Atente-se no teor do n.º 1., do Artigo 151º, da Constituição:
- “As candidaturas são apresentadas, nos termos da lei, pelos partidos políticos, isoladamente ou em coligação, podendo as listas integrar cidadãos não inscritos nos respectivos partidos.”
Com este preceito constitucional foi instituída a PARTIDOCRACIA e facilitadas todas as práticas fraudulentas concernentes às políticas implementadas em Portugal, no decurso da vigência da presente terceira República maçónica. Afinal, traduzindo a negação da DEMOCRACIA.
08. Tal e qual como acontecia ou melhor dizendo: à semelhança do que prevalecia na maçónica república do Estado Novo, de Salazar, em que nas eleições só havia a lista de candidatos a deputados da União Nacional, agora, na maçónica república que desgoverna Portugal, só podem ser (falsos) representantes do povo na Assembleia da República os indivíduos escolhidos entre os filiados nos partidos. Mesmo os indivíduos que têm sido rotulados de independentes, não o foram e muitos acabaram por ser até dirigentes dos partidos que os incluíram nas listas de candidatos ao Parlamento – um incrível e aviltante procedimento que releva de acentuada hipocrisia a que a Constituição deu e continua dando oportunidade e consagração abjecta, desconforme de sentido democrático e espúria.
Quer isso dizer que a Democracia está aprisionada no campo de concentração da PARTIDOCRACIA corrosiva e patológica que envenena o tecido social da Pátria. PARTIDOCRACIA que se constitui como regime emblemático da República maçónica vigente neste País.
09. E se a Hipocrisia tem expressão e consagração na Constituição da República Portuguesa não causa espanto que ela tenha correspondência e prevalência soberana na sociedade. Diga-se de passagem que tudo isso é o corolário da generalizada aceitação das autoridades, elas próprias habituais hipócritas, e da deplorável complacência de um povo que, mergulhado na profunda obscuridade dum analfabetismo primário, funcional e cultural, é incapaz de discernir correctamente sobre a situação do País, os seus direitos, a sua existência como agente activo e influente no desenvolvimento de Portugal. Daí, que acresçam, todos os anos, casos de corrupção em Portugal.
Também as práticas de incompetência, de exploração material e sexual, de homicídios, de vigarices, de ladroagem, são facilitadas e instigadas pela hipocrisia de um viver de disfarce, de manigância, de falcatrua, de fingimento e de insinuação de se ser aquilo que, efectivamente, não se é.
10.. Neste domínio, do disfarce até a Igreja dá péssimos exemplos. Padres, bispos, cardeais, obrigados ao celibato, muitos deles, tendo jurado castidade, têm amantes e, nalguns casos, até são pedófilos. Fazem-se insinuar como indivíduos virtuosos e, no entanto, são grandes pecadores e refinados hipócritas.
11. A Maçonaria e a Opus Dei são seitas que usam e abusam do disfarce, do secretismo como forma de relacionamento social. Ou seja: da hipocrisia de se reclamarem da discrição, insinuando virtuosa vivência de bons cidadãos e diligentes praticantes de bons costumes; só que não se percebe por que eles tão louváveis hão de ser escondidos com tamanho empenho e fervorosa pertinácia.
12. Porém, acontece que hoje, em Portugal, a mais clamorosa e indecorosa prática da Hipocrisia é proclamar-se a toda a hora que a República Portuguesa é um Estado de Direito e livre, quando é facto inquestionável que Portugal é um Estado maçónico e nele fenecem ou são postergados princípios e valores fundamentais na existência de uma qualquer nação civilizada da nossa era.
Tudo, absolutamente tudo, repito: está subordinado, na posse ou sob influência da Maçonaria; nalguns casos, em partilha com a Opus Dei.
A um atento observador dir-se-ia que até o ar respirado lhe parece ter cheiro e sabor maçónicos…
13. Explanando referência objectiva hei por bem anotar em modos de informação aos leitores, que agora, em Portugal, para um cidadão ser colaborador de jornais, ascender a função pública de relevo, ter assento de comentador de televisão, ser condecorado, ser distinguido com prémio literário ou artístico, ser governante, ser autarca, ser deputado, tem que satisfazer a condição sine qua non de ser membro da Maçonaria ou (com menores chances de emprego) da Opus Dei. E ainda, com menos hipóteses, que da Maçonaria tenha aceitação condescendente.
Raríssimas são as excepções a tal regra, que, a verificarem-se, têm o préstimo de confirmarem o expediente clientelar da Maçonaria.
14. Se há mal imperando na sociedade, que urge atenuar rapidamente e em força, a Hipocrisia é um dos piores, porque fautor de muitos outros bastante prejudiciais na sociedade.
É muitíssimo importante que as pessoas se habituem a ser sempre, em todas as circunstâncias, iguais a si próprias; com activo repúdio do uso de máscaras de disfarce com que pretenderão enganar o próximo e em desrespeito não só dele, como também da sua própria condição de pessoa responsável – se dela for possuidor.
E de pessoas com sentido de responsabilidade e dotadas de idoneidade, está Portugal muito carecido em várias áreas de actividades oficiais, civis e religiosas. 

Nota informativa:
Com esta crónica não estou fazendo promoção da Maçonaria e da Opus Dei. Limito-me a transmitir o meu reconhecimento da verdadeira situação de Portugal, sob domínio da Maçonaria e da Opus Dei. Aliás nem uma, nem a outra, das seitas mencionadas, carecem de qualquer publicidade…
Tal é, em Portugal, o imenso poder que usufruem…